A multinacional espanhola de serviços de TI Indra encerrou 2011 com lucro líquido de 181 milhões de euros, cifra 4% abaixo da registrada no ano anterior. A receita, porém, apresentou expansão de 5%, para 2,68 bilhões de euros, puxada principalmente pelas áreas de telecom e mídia, cujo crescimento orgânico foi de 22%, totalizando 396,8 milhões de euros; e energia e indústria, que registrou alta de 12% na comparação anual, alcançando 407,8 milhões.
Na quebra por vertical de mercado, a área de governo e healthcare obteve crescimento de 9%, a de transporte 8% e a de serviços financeiros 5%. O dado negativo ficou por conta da área de segurança e defesa, que registrou queda de 14% no período.
A carteira de pedidos aumentou em 13% no ano, atingindo 3,26 bilhões de euros, equivalente a 1,22 vezes as vendas do período. A margem EBIT (lucro operacional) teve expansão de 10%, em linha com a previsão feita pela empresa.
A Indra compensou a recessão no mercado local com o aumento das vendas no exterior, além do efeito positivo das aquisições da companhia brasileira Politec e da italiana Galyleo. O crescimento sem estas aquisições foi de 3%. As vendas internacionais foram incrementadas em 17%, enquanto que no mercado espanhol houve queda de 3%. Na região da Ásia-Pacífico o crescimento foi de 18% e na América Latina, 30%. Hoje, a atividade internacional da Indra já representa quase a metade das vendas proforma.
Para este ano, a Indra espera manter seu perfil de crescimento e alta rentabilidade apesar das dificuldades e incertezas da economia, no geral, e em um contexto do mercado que continua mantendo uma forte pressão por preços e o acirramento da concorrência. A expectativa é que as vendas cresçam entre 6,5% e 7,5%, e tenha queda de apenas um dígito no mercado espanhol.