A unidade de cloud computing da Amazon, a Amazon Web Services, irá armazenar para uso público todo o conteúdo do projeto 1000 Genomas, do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, dos Estados Unidos, que reunirá em um banco de dados informações genéticas de 1,7 mil indivíduos, o que equivale a cerca de 200 terabytes. Qualquer pessoa poderá acessar as informações de graça e não há nenhuma exigência para compartilhar os resultados da pesquisa.
Apesar do acesso gratuito, a Amazon vai cobrar uma taxa para o uso dos computadores do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano. Sem revelar o valor, a empresa observa que o custo de uma infraestrutura de computação em nuvem para esse tipo de projeto é elevado, embora seja significativamente menor do que se o instituto tivesse que comprar os supercomputadores necessários para pesquisa genética.
Os participantes do estudo deram consentimento para que seus dados sejam tornados públicos, e não há nenhuma informação pessoal, como o histórico da doença, associado com a informação genética, segundo Lisa D. Brooks, diretora do programa sobre variação genética do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, que é coligado ao Instituto National de Saúde. "É um conjunto quase completo de variações genéticas humanas", ressaltou ela, ao New York Times.
"Algumas doenças, como anemia falciforme, sabemos que a base é genética", disse a pesquisadora. "Em relação a outras, como diabetes e doenças do coração, há uma contribuição genética, mas há vários aspectos ambientais. Se soubéssemos mais sobre o componente genético poderíamos prever melhor o risco", disse Lisa.