Pansera, do MCTI, diz no Senado que é contra impeachment

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, apontou, nesta terça-feira, 29, em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, os avanços, desafios e expectativas da pasta para o ano de 2016, que perdeu mais de R$ 1,7 bilhão com o corte no orçamento. Ele aproveitou para se posicionar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e disse que quer continuar no ministério.

Pansera é deputado federal pelo PMDB, partido que rompeu nesta terça-feira com o governo. "Como deputado, vou votar contra o impeachment. Acho que não existe ainda o fato que determina o impeachment. Em relação à manutenção no ministério, eu vou aguardar a resolução que será aprovada na reunião do partido. Já comuniquei ao presidente do meu partido e ao vice-presidente da República, Michel Temer, que o meu desejo é continuar trabalhando no MCTI. Nós não vamos parar nenhuma iniciativa", afirmou.

O ministro disse ainda que é contra a luta política ser levada ao extremo de se desmontarem ministérios, principalmente o da Saúde, da Agricultura e de Minas e Energia, todos nas mãos de peemedebistas. Para Pansera, são ministérios determinantes, com impactos imediatos à população.

Quanto ao orçamento, o ministro falou que este ano houve um grande contingenciamento devido à crise econômica. Foi cortado do Ministério R$ 1,7 bilhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o que deixou os senadores preocupados.

Mas Pansera afirmou que há um acerto com o governo para que o contingenciamento no FNDCT seja feito aos poucos e se encerre em 2019. Além disso, Pansera explicou que 25% do fundo do pré-sal devem ir para a área de Ciência e Tecnologia. Por fim, o ministro conta ainda com um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que deve gerar um montante de quase R$ 800 milhões para este ano.

Celso Pansera citou avanços em vários programas de sua pasta, como o Ciência sem Fronteiras, que implementou 92.880 bolsas até janeiro de 2016. O ministro também citou o fato de o programa ter sido desvinculado do FNDCT e ficado sob a cobertura do Ministério da Educação, o que vai permitir que as verbas do fundo sejam destinadas a outras áreas de inovação.

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