Setor de telecom recolhe R$ 6,9 bilhões para fundos setoriais

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As prestadoras de serviços de telecomunicações recolheram R$ 6,93 bilhões para os Fundos Setoriais em 2021. Os dados fazem parte de levantamento da Conexis Brasil Digital e apontam quase o dobro do arrecadado em 2020, quando foi recolhido R$ 3,57 bilhões. Desde 2001, os cinco fundos setoriais arrecadaram R$ 226,9 bilhões em valores atualizados, desse total, apenas 8,3% foram aplicados no setor.

O valor recolhido em 2021 foi bastante impactado pelo Leilão do 5G, isso porque parte do valor arrecadado no certame vai para o Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações). O Fistel representou 53% do valor recolhido aos fundos, somando R$ 3,7 bilhões.

O segundo fundo que mais recebeu recursos foi o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), com R$ 1,6 bilhão em 2021 e 23% do total, seguido pelo Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), para o qual foram recolhidos R$ 974 milhões, 14% do total. O Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e a CFRP (Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública) representaram, cada um, 5% da arrecadação total, com R$ 367 milhões e R$ 320 milhões respectivamente.

Investimentos no setor

A Conexis espera que o dinheiro aplicado no Fust possa ser utilizado ainda este ano, já que o governo federal publicou no dia 22 de março o decreto que regulamenta a nova lei do Fust. A partir da regulamentação da nova legislação, será possível usar recursos do fundo para expandir e democratizar o acesso à banda larga no País. Com os recursos será possível ampliar o acesso à conectividade, por exemplo, em áreas rurais e em escolas públicas. Sendo que, no mínimo, 18% dos recursos do Fust serão destinados às escolas públicas, para serem aplicados em educação.

O documento também fixou as regras para a constituição do Conselho Gestor, que será responsável pela aprovação dos projetos, e para a operacionalização da aplicação dos recursos por meio de Agentes Financeiros, como o BNDES e demais instituições financeiras credenciadas.

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