O CEO da IBM, Arvind Krishna, alertou que as operadoras de telecomunicações estão em uma encruzilhada entre a escolha de um futuro fechado e um que é aberto, onde podem controlar sua jornada de transformação digital e se beneficiar de inovações, como nuvem híbrida, Inteligência Artificial e tecnologias abertas.
Krishna, que participou do 2º dia do Mobile World Congress, em Barcelona, acredita que o 5G é o combustível para a computação de ponta e é importante entender que as operadoras têm enorme potencial para aproveitar o poder do 5G não apenas para conectividade, mas como uma plataforma de serviços de negócios.
Na manufatura, por exemplo, as operações automatizadas conectadas a 5G podem reduzir custos e melhorar a qualidade das linhas de produção. Mas, para aproveitar essa oportunidade, ele disse que as operadoras devem abandonar a arquitetura de rede rígida e altamente centralizada para adotar arquiteturas de plataforma mais horizontais.
"Este é um grande empreendimento", já que uma abordagem de nuvem híbrida aberta é a chave para permitir que o núcleo, o acesso de rádio e as redes de borda sejam gerenciados de forma integrada e otimizados continuamente.
À medida que a indústria avança para a nova era da computação distribuída, "acredito que os vencedores em 5G e edge juntos serão aqueles que adotarem uma abordagem de nuvem híbrida aberta". Essa abordagem aberta, explicou ele, dá às operadoras a flexibilidade de reunir a borda, nuvens privadas e nuvens públicas de vários provedores, e também os ajuda a aplicar IA e automação em escala.
"É por isso que as empresas de telecomunicações precisam adotar plataformas de software aberto para permanecer no controle de onde e como implementam serviços de rede, computação de ponta e ofertas corporativas."
Krishna disse que as operadoras ao redor do mundo estão modernizando suas redes centrais para torná-las mais definidas por software para oferecer melhores experiências ao cliente, mas também para capitalizar sobre a enorme oportunidade que virá com o 5G no limite.
"Esta convergência de 5G edge, nuvem híbrida e inteligência artificial são as forças tectônicas que moldam o futuro das telecomunicações", enfatizou.