Metaverso é a palavra mais escutada e discutida nos últimos tempos, ou pelo menos, desde que Mark Zuckeberg divulgou que mudaria o nome de sua empresa para Meta. Em termos práticos, o metaverso faz uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada para que o usuário possa imergir nessa nova realidade do novo admirável mundo.
O filme Jogador nº1, dirigido por Steven Spielberg e inspirado no livro Ready Player One, de Ernest Cline, mostrou bem como isso funcionaria lá em 2018, quando estreou no cinema. A narrativa se passa num mundo físico tão destruído que as pessoas escolhem viver dentro de seus consoles. Se você não viu esse filme, a nerd que habita em mim te convida a achar todas as referências e easter eggs do filme. Mas voltando ao foco, ele – em minha opinião – ilustra o que esperar do metaverso de alguma maneira.
Um pouco mais à frente, no ano de 2019, nós vimos marcas como Louis Vuitton movimentar bilhões apenas com skins (nome dado às roupas no universo dos games) em jogos como League of Legends. Hoje, já é mais comum ter artistas fazendo shows em jogos como o Fortnite. Exemplos não faltam. Temos os norte-americanos Travis Scott, com mais de 14 milhões de fãs participando do show, e o DJ Marshmellow, com mais de 10 milhões. Meu sobrinho, inclusive, estava participando do show do Emicida no Fortnite há algumas semanas. Sempre na vanguarda, o rapper é o primeiro artista brasileiro a se apresentar na plataforma.
Já ficou claro que o metaverso conta com eventos, desfiles, shows, produtos para os avatares e muito mais. O foco, acredito, seja uma nova forma de conexão social dentro de várias opções de mundos e realidades virtuais. Mas o que isso representa para o universo do SEO? Uma das previsões de tendência de SEO para 2022, feita pelo nosso co-fundador, João Lee, é o foco maior em buscas por voz.
No cenário do metaverso, eu acredito que a tendência seja exatamente essa. Por mais que muitos óculos tenham diversas formas de teclado, a voz talvez seja o meio mais fácil para algumas pessoas buscarem seus desejos.
Mas, considerando que estamos falando em buscar algo através das nossas vozes, podemos pensar que as famosas palavras-chave de cauda longa – que defendemos há anos como uma das melhores maneiras de levar uma boa experiência ao consumidor – é a melhor estratégia para esse novo tipo de vivência e da adoção de boas práticas de SEO.
E é justamente aí que brilhará o time de SEO. E, se por acaso, esse time tiver ajuda de um mecanismo que crie páginas para longtail keywords de forma automática e escalável, melhor ainda. Mais do que nunca, devemos entregar a uma busca específica um resultado a altura dessa especificação. E na voz, isso será mais evidente.
Outro aspecto importante a ser considerado diz respeito às assistentes de voz. Estas ferramentas ganharão ainda mais destaque com o metaverso, o que poderá impactar os buscadores e as métricas que usamos para medir desempenho. Mas este assunto é tema para um próximo artigo.
Carol Junqueira, Gerente de Marketing & Cultura da Simplex.