As vendas de computadores no Brasil cresceram 2% no primeiro semestre, período em que foram comercializados 7,8 milhões de equipamentos, segundo dados da IDC Brasil. A consultoria aponta que o índice de expansão foi bem inferior aos 7% previstos no início do ano. O desempenho do mercado brasileiro foi o pior entre os países que compõem o chamado Bric, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China. A Rússia teve elevação de 37%, enquanto a Índia registrou 9% e a China, 3%.
“Durante o primeiro semestre, o país enfrentou dificuldades econômicas que afetaram diversos setores, inclusive o de bens de consumo do segmento de informática”, explicou o analista do mercado de PCs da IDC Brasil, Attila Belavary. Segundo ele, apesar das tentativas do governo em reaquecer a economia, existe um receio das empresas sobre o comportamento da economia para realizarem novos investimentos.
Outro fator que contribuiu para frear as vendas de PCs, apontado por Belavary, foi a variação cambial, que acabou elevando o preço do produto final e desencorajando as compras. A concorrência dos smartphones e tablets também influiram na derrubarada das vendas.
Segundo a pesquisa, do total de equipamentos vendidos, 45% foram computadores de mesa (desktops) e 55%, notebooks, ultrabooks e netbooks. Ainda segundo a IDC, 67% dos PCs comercializados no país foram para o segmento doméstico, 27% para o setor corporativo e 6% para setores público e educacional.
Em razão do fraco desempenho no primeiro semestre, a IDC reduziu a previsão de crescimento para o ano, de 13% para 8%, com um total de 17,2 milhões de PCs vendidos. A estimativa para o Brasil segue a tendência mundial – o índice de expansão mundial, estimado em 7,1% no início do ano, agora é de apenas 0,9%.