Negado pedido da Oracle para adiar julgamento do caso SAP/TomorrowNow

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Mesmo depois de a SAP ter assumido a responsabilidade pela espionagem industrial feita pela TomorrowNow, sua ex-subsidiária já com as atividades encerradas, a batalha judicial travada entre a multinacional alemã e a rival Oracle ainda pode ter um desfecho imprevisível. Nesta sexta-feira, 29, a corte americana responsável pelo caso negou um pedido da Oracle para atrasar o início do julgamento, que está agendado para segunda-feira, 1º de novembro, por não ver motivo para o adiamento.
No processo, a Oracle acusa a SAP, por meio da TomorrowNow, de ter acessar ilegalmente seus bancos de dados para baixar códigos de seus produtos, violando a propriedade intelectual. De acordo com a empresa americana, a TomorrowNow usava senhas de usuários para ter acesso aos produtos e depois os copiava. Em agosto deste ano, por meio de comunicado à Justiça americana, a SAP assumiu total responsabilidade pelo ocorrido, mas alegou não ter tido conhecimento das ações de sua subsidiária à época das violações (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Um dia antes da decisão da corte americana de não adiar o julgamento, na quinta-feira, 28, a SAP enviou carta ao juiz do caso, Phyllis J. Hamilton, afirmando que não vai mais contestar as acusações feitas pela Oracle para encurtar o litígio e não transformá-lo num "circo midiático". A companhia alemã citou as críticas públicas feitas a Leo Apotheker, ex-CEO da SAP e atual CEO da HP, por Larry Elison, presidente da Oracle, para dizer que a companhia está empenhada em assediar a concorrência por apoio, "fugindo dos assuntos envolvidos na disputa para alimentar sua obsessão com a HP e com quem quer que seja seu presidente".
O julgamento tem previsão de durar seis semanas, mas, caso a SAP, de fato, desista de argumentar contra as acusações da Oracle, o litígio não deve passar de 20 dias. A companhia americana quer uma indenização de US$ 2 bilhões pelos danos materiais causados pela violação. Com informações do The Wall Street Journal e do Financial Times.

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