Os gastos das companhias brasileiras com TI devem alcançar US$ 134 bilhões em 2013, o que, se confirmado, representará um aumento de 6% ante a estimativa de US$ 126,3 bilhões para este ano, de acordo com projeções do Gartner. O desempenho esperado para 2013 é melhor que o estimado para este ano, cuja cifra representa uma queda de 2,5% na comparação com 2011.
A consultoria aponta que melhoria no desempenho será impulsionada pelo setor de data center, que registrará o maior crescimento entre os segmentos da TI no Brasil. A previsão é que a área cresça 10,7% em relação a este ano, totalizando US$ 3,1 bilhões em investimentos.
Já o setor de dispositivos, que inclui PCs, tablets, celulares e impressoras, deve responder por US$ 24,3 bilhões dos gastos com TI em 2013, alta anual de 7%. A área de serviços de TI contabilizará US$ 15,6 bilhões, aumento de 6,1%., enquanto a previsão para serviços de telecomunicações é que representem US$ 85,7 bilhões das despesas, ou 5,2% superior aos valores esperados para este ano.
De acordo com o vice-presidente sênior e líder de pesquisa global do Gartner, Peter Sondergaard, o Brasil é o segundo maior mercado de TI entre os países emergentes. "Prevemos o futuro do pais como uma nação reconhecida mundialmente pela inovação em TI, com base nos esforços de entidades públicas, organizações de usuários e fornecedores de tecnologia", afirma.
Segundo o Gartner, o país concentrando 45% dos gastos com TI na América Latina. "A região tem um dos índices mais elevados de crescimento nos gastos em TI. No fim de 2012, representará 29% do volume movimentado nos Estados Unidos, onde é superior a US$ 1 trilhão", destacou o vice-presidente de pesquisa do Gartner, Donald Feinberg. Em 2016, este percentual deve ser ainda maior — 31%.
Feinberg sublinha que os dados não consideram uma nova área do setor, a qual será desenvolvida ainda mais fortemente nos próximos anos com o aproveitamento do ecossistema ligado à tecnologia inserida no cotidiano das pessoas, para criação de soluções inovadoras. “Estamos acostumados a lidar com a economia dividida em setor de agricultura, indústria e serviços, em que se encontra a TI. Mas estamos vivenciando a geração de uma nova camada: a de informação”, explicou.
Segundo o analista, esta nova camada tem grande potencial devido a geração de cada vez maior de informações, o chamado big data, em diversas unidades empresariais. “Todas as áreas internas de uma empresa necessitarão de tecnologia. Por isso, no futuro, todo orçamento será também um orçamento para TI”, ressalta Feinberg.