BYOD se consolida mundialmente

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Smartphones e tablets são cada vez mais populares nos ambientes de trabalho, ultrapassando os limites entre o que é privado e o cotidiano corporativo. Parece uma realidade sem retorno e se torna ainda mais irreversível quando gurus tecnológicos já profetizam que esses dispositivos serão parte, quase intrínseca, do ser humano.

Se você possui um smartphone ou tablet e o carrega para dentro da sua empresa, usando-os para acessar, no mínimo que seja, o seu e-mail corporativo, você já entrou para as estatísticas entre aqueles que impulsionam o fenômeno do BYOD (do inglês bring your own device, ou traga seu próprio dispositivo).

A venda crescente de notebooks, smartphones e tablets muda a média do número de dispositivos por pessoa e, naturalmente, impulsiona este fenômeno. Hoje, a proporção de dispositivo por pessoa já é de três por um. O BYOD é um fenômeno global, com projeções crescentes de adoção. No mundo todo, 89% dos líderes de TI de empresas de grande e médio porte apoiam o BYOD de alguma forma. O aspecto que motiva o profissional a usar seu próprio dispositivo para acessar recursos corporativos é a facilidade de atingir a produtividade, independente do aparelho, de qualquer lugar em que esteja (mobilidade), com inovação e uma experiência intuitiva própria.

Se, por um lado o BYOD favorece a produtividade móvel, por outro lado, ele abre uma frente de desafios e preocupações que recaem sob a área de TI no que tange, especificamente, ao gerenciamento do dispositivo e à segurança da informação corporativa. O dilema da TI é: produtividade móvel versus a exposição das informações corporativas que são acessadas e manipuladas através de dispositivos de uso pessoal, e que podem, em grande proporção, estar vulneráveis.

Para enfrentar esse impasse, a área de TI busca soluções de gerenciamento de dispositivos móveis mais completas e robustas para, assim, reduzir riscos. Outros desafios são a diversidade e a complexidade de plataformas, a escalabilidade e, ao mesmo tempo, assegurar a transparência de uso para a experiência do usuário.

Existem várias soluções de mercado que ajudam a enfrentar os desafios do BYOD e muitas delas implementam camadas de segurança em vários níveis, tornando o dispositivo móvel apto a manipular as informações corporativas com menor risco possível. As soluções primam por um resguardo fim a fim do dispositivo. Tratam da segurança e do gerenciamento do dispositivo em diversas instâncias e sob diferentes aspectos de segurança, gerenciando, por exemplo, situações de perda ou roubo do dispositivo e, automaticamente, bloqueando ou acionando a função reset do aparelho.

Todas essas ações permitem a criação de políticas de admissão aos recursos corporativos baseadas em plataformas (ex.: admitir apenas plataforma iOS, da Apple, e Android, do Google, excluindo BlackBerry). Além de disponibilizar aplicações mediante a autenticação forte multifator e ao transporte criptografado da aplicação, há ainda algumas medidas de segurança que permitem apenas o acesso aos recursos corporativos quando condicionado ao atendimento das políticas de conformidade do dispositivo ou, ainda, através de políticas condicionais mais abrangentes, que analisam diversas variáveis, incluindo o tipo de dispositivo, o usuário, a sua localização, tipo de acesso, horário de acesso e conformidade de estado do dispositivo para conceder acesso ao mundo corporativo.

Outras soluções de mercado oferecem o conceito de "container", que pode ser traduzido como um "workspace corporativo virtual" criado, exclusivamente, para hospedar as aplicações corporativas de forma totalmente isolada do ambiente pessoal. São várias ofertas de soluções que tratam o BYOD e o que se pode esperar é que o leque de soluções seja cada vez mais rico e com recursos sofisticados para endereçar o uso de dispositivos pessoais para o acesso a recursos corporativos.

Estas expectativas de crescimento do BYOD e suas soluções de segurança são endossadas pelos números de pesquisas de mercado, que o atestam como um fenômeno global com grande adesão por parte dos funcionários e com considerável porcentagem (89%) de aceitação pela área de TI. No Brasil, os estudos concluem que os líderes de TI também apoiam fortemente o fenômeno do BYOD seguro e gerenciado.

 *Armando Camargo é diretor geral de vendas da Divisão de Plataformas da Sonda IT.

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