A Câmara de IoT (Internet das Coisas) do Ministério de Ciência de Tecnologia e Comunicações (MCTIC) já definiu os principais temas que farão parte da consulta pública que órgão vai abrir para receber contribuições com o objetivo de criar uma política para o setor.
A informação é de Thales Marçal Vieira Netto, gerente de Projetos do Ministério, que participou de um evento organizado pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc) nesta terça-feira, 29, em São Paulo, que apresentou um estudo preliminar sobre a padronização da frequência para LPWAN (Low Power Wide Area Network), que teve seu contorno definido pela Portaria de 454 de 2006 da Anatel e aguarda aa definição de padrões.
Países como Austrália e Estados Unidos finalizam as definições de seus padrões, Japão e Coreia estão fazendo o mesmo. As recomendações do grupo de trabalho propõe uma alternativa configurada por software para as faixas entre 907,5 MHz e 915 MHz para garantir a qualidade de upload e download. Empresas como a rede Sigfox e o consórcio LoRa aguardam essas definições para ampliar seus investimentos no mercado brasileiro.
Segundo Vieira Neto, a consulta vai propor questões regulatórias, incentivo e subsídios para a área de pesquisa e desenvolvimento, formação de recursos humanos, como atrair investimento e financiamento para o segmento, segurança e privacidade de dados, rede de transporte de dados, gateways e dispositivos e uso para aplicações em setores como saúde e agricultura.
Essa iniciativa vai se juntar ao estudo contratado pelo BNDES à consultoria McKinsey, que servirá para elaboração de políticas públicas e iniciativas do Plano Nacional de Internet das Coisas, que deve ser executado em nove meses contados a partir de novembro, em três fases que vão desde o diagnóstico do potencial impacto da Internet das Coisas no Brasil e das competências que o país já possui até a criação do Plano de Ação 2017-2022. Após a conclusão das três fases, o consórcio ficará dedicado, nos seis meses subsequentes, a apoiar os agentes públicos e privados em iniciativas de implantação das políticas públicas propostas.
Segundo Flavio Maeda, presidente da ABINC, o estudo elaborado pela entidade ainda é preliminar e resumido e deverá se aperfeiçoado pelos membros das mesmas, que foi constituída recentemente para incentivar e impulsionar o uso de Internet das Coisas nos negócios das empresas.
Disse que a entidade, que faz parte da Câmara de IoT, está criando grupos de trabalhos, realizando meetups, apoiando a realização de hackathon, de teste de novas tecnologias, entre outros. Além disso, está estabelecendo parcerias com a entidade inglesa IoT Security Foundation, LoRa Alliance, ITU e com o centro de pesquisa CESAR, de Recife, para a realização de um estudo de interoperabilidade.
IOT Business Forum
A ABINC e o MCTIC farão parte das discussões do IoT Business Forum que acontece dia 6 de dezembro no WTC em São Paulo.