86% das empresas sofreram alguma ameaça cibernética em 2022, aponta estudo

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O número de empresas que sofreram algum tipo de ataque cibernético em 2022 cresceu 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior. É o que mostrou a sexta edição do Índice Global de Proteção de Dados (GDPI), encomendado pela Dell Technologies.

O levantamento mostrou que 86% das companhias em todo o mundo sofreram ao menos uma disrupção de suas operações em razão de ameaça cibernética, contra 76% do ano anterior.

O GDPI, realizado em parceria com a consultoria Vanson Bourne, ouviu 1000 tomadores de decisão em tecnologia de empresas com mais de 250 colaboradores em todo o mundo, inclusive no Brasil, entre os meses de agosto a outubro deste ano.

A pesquisa mostrou que a maioria das organizações estão enfrentando desafios sobre como proteger seus dados de atacantes cibernéticos, especialmente diante do movimento de digitalização promovido pelas empresas com a migração de parte das suas operações para o ambiente de nuvem pública.

O relatório destacou que preocupações e falta de confiança sobre as medidas de proteção de dados existentes são predominantes, expondo as organizações a riscos. Nesse sentido, 69% dos executivos expressam o receio de que irão experienciar algum tipo de disrupção causado por incidentes cibernéticos. Além disso, 67% afirmam que suas organizações não estão preparadas para lidar com ameaças como malware e ransomware.

De acordo com Wellington Menegasso, Data Protection & Cyber Resiliency Sales Leader para o cone sul da América Latina da Dell Technologies, o estudo jogou luz sobre como os níveis de interrupção operacional das empresas, que provavelmente foram causados por incidentes cibernéticos, aumentaram neste ano.

"A pesquisa mostrou que 48% dos executivos disseram que sofreram um ataque ou outro incidente cibernético que impediram o acesso aos dados de sua organização, ante 37% registrado em 2021. Esse dado é extremamente preocupante", afirma.

O levantamento da Dell Technologies também buscou compreender como as organizações entendem e estão implementando o conceito de segurança Zero Trust. O termo, cunhado pelo analista de mercado John Kindervag, pressupõe uma abordagem na qual todos os pontos de interação dentro e fora dos ambientes das empresas devem ser sempre verificados, de modo a reforçar os aspectos de segurança das informações.

Segundo o GDPI, apenas 12% dos executivos relataram a implementação completa de políticas de Zero Trust em suas organizações, garantindo a sua manutenção contínua. Já 21% dos respondentes afirmaram que suas empresas estão em fase de implementação dessas práticas. O relatório aponta, entretanto, que a maioria das organizações ainda tem um caminho a percorrer para garantir que o Zero Trust seja executado de acordo com as melhores práticas, e até que isso ocorra, as corporações permanecerão vulneráveis a riscos.

Proteção de dados às novas tecnologias

A pesquisa também identificou como as empresas estão buscando proteger suas operações, ao passo que adotam novas tecnologias. De acordo com o documento, 76% dos ouvidos elencam que novas ferramentas tecnológicas, como contêineres, aplicações nativas em nuvem, Internet das Coisas, computação na borda, entre outras, ainda carecem de soluções de proteção de dados. Como resultado disso, muitas organizações têm reforçado suas iniciativas de backup.

O estudo identificou ainda um movimento crescente das organizações que planejam utilizar a nuvem pública para recuperação de desastres no futuro. Se em 2021, 59% dos respondentes afirmavam que usavam a nuvem pública para esse fim, esse patamar passou para 80% este ano. Além disso, 38% dos entrevistados destacam que a solução de backup utilizada em suas organizações permite a proteção dos workloads em ambientes de multicloud, apontando um crescimento ante o montante de 23% identificado no ano anterior.

Menegasso avalia a importância das organizações em proteger ambientes com várias cargas de trabalho, colocando a segurança cibernética como o recurso mais importante para permitir operações híbridas e multicloud. "Nesse sentido, tecnologias As-a-Service provavelmente serão uma prioridade para o próximo ano e farão parte das soluções de proteção de dados de muitas organizações no futuro próximo", ressalta. "Armazenamento, recuperação cibernética e backup são as três principais prioridades das organizações na adoção dessas tecnologias como serviço", complementa.

A Dell Technologies anunciou recentemente a ampliação de seu portfólio de soluções de proteção de dados com o lançamento de um conjunto de ferramentas que visam aumentar a segurança das empresas em ambientes multicloud. O novo conjunto de ofertas visa facilitar a adoção de tecnologia, permitindo que as organizações acelerem suas jornadas de segurança e resiliência cibernética, tanto contra perda de dados como pelas ameaças de ataques de ransomware.

Sobre o Índice Global de Proteção de Dados de 2022 da Dell Technologies

Em sua 6ª edição, o Índice Global de Proteção de Dados de 2022 é realizado pela consultoria Vanson Bourne a pedido da Dell Technologies. Neste ano, o estudo foi realizado de agosto a outubro de 2022 e entrevistou 1.000 executivos tomadores de decisão de TI em empresas com mais de 250 funcionários de 14 setores e 15 países de todos os continentes, incluindo o Brasil.

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