Com a chegada do Drex, moeda digital do Banco Central prevista para 2024, fintechs estão diante de uma revolução que exigirá adaptação ágil e estratégica de operações. Para enfrentar esse novo cenário, a preparação deve se concentrar principalmente em três pilares: infraestrutura digital robusta, equipe especializada e arcabouço regulatório atualizado.
Em primeiro lugar, fintechs precisarão de sistemas flexíveis capazes de suportar as demandas do real digital. Investimentos em tecnologias de ledger distribuído, como blockchain, serão cruciais para garantir segurança e eficiência das transações. Além disso, a capacidade de processamento e a escalabilidade dos sistemas deverão ser otimizadas para lidar com o aumento da carga operacional.
A formação de equipe especializada será igualmente vital. Profissionais qualificados em criptografia, segurança cibernética e tecnologias financeiras emergentes serão ativos essenciais para guiar fintechs nessa transição. Treinamentos constantes e parcerias com especialistas externos serão estratégias valiosas para garantir que equipes estejam preparadas para os desafios do cenário digital.
Em paralelo, é imprescindível que fintechs estejam alinhadas com normativas emergentes relacionadas ao real digital. Será fundamental colaborar proativamente com órgãos reguladores para garantir conformidade e transparência. A participação ativa na definição de padrões do setor confere vantagens competitivas, moldando o ambiente regulatório de maneira favorável às inovações das instituições.
O impacto do Drex é, em síntese, iminente e transformador. Investir em tecnologia para implementá-lo otimiza processos internos e mantém a empresa competitiva no mercado financeiro digital. Caso contrário, fintechs despreparadas podem enfrentar diversos riscos e prejuízos à reputação, incluindo a insatisfação do cliente, vazamento de dados, custos imprevistos e possíveis multas regulatórias.
Aquelas que investirem na modernização da infraestrutura digital, formarem equipes especializadas e mantiverem postura proativa em relação à regulação estarão, sem dúvida, melhor posicionadas para colher os frutos das oportunidades proporcionadas por esse novo ecossistema financeiro.
Cristiano Maschio, CEO da Qesh.