Quase dois terços dos proprietários de smartphone ou tablet em todo o mundo consideram o aparelho indispensável e acham que tais dispositivos móveis os tornam mais eficientes.
Os dados são do estudo AdReaction 2012, da empresa de pesquisa Millward Brown Em conjunto com outras projeções do mundo móvel, o relatório descortina grandes oportunidades para anunciantes de todos os segmentos.
O Morgan Stanley estima que os usuários de smartphones e tablets somarão 1,5 bilhão de pessoas em meados de 2013. Já os gastos globais das empresas com publicidade nesses dispositivos deverão triplicar para US$ 18,6 bilhões em 2015, conforme estimativa da eMarketer.
As principais conclusões do estudo da Millward Brown apontam que 55% dos usuários consideram o seu dispositivo indispensável, com igual percentual indicando que possuir um dispositivo móvel os torna mais eficientes.
Quase metade dos entrevistados interage com uma marca em seus aparelhos móveis seguindo recomendações de amigos ou familiares, e um em cada quatro admite aceitar abrir mão da privacidade sobre sua localização em troca de conteúdo relevante e promoções dos anunciantes.
Um terço diz que é levado a alguma ação em resposta à publicidade móvel, e igual fração afirma que receber ofertas ou promoções via celular melhora a sua opinião sobre a marca.
Mas as necessidades e expectativas variam conforme o público, que o estudo classifica em três categorias. Os Mobile Sophistics (sofisticados) são os altamente familiarizados com tecnologia, que podem substituir o PC pelo celular, querem que a publicidade móvel seja excelente e se beneficiam da experiência e das recompensas.
Os Mobile Effectives (efetivos) usam o dispositivo móvel como ferramenta para organizar sua vida e eletrodomésticos, e desejam que o anúncio represente uma troca tangível de benefícios.
Já os Mobile Pragmatists (pragmáticos) veem a publicidade móvel como um mal necessário para obter conteúdo gratuito. Eles são tolerantes a ela, desde que o conteúdo seja relevante e de valor agregado.
Os números do relatório indicam que, assim como as oportunidades, os desafios são grandes para os anunciantes. O estudo diz que apenas 11% dos usuários de smartphones e 16% dos usuários de tablets são favoráveis à publicidade móvel. A taxa é baixa, sobretudo se comparada com a de outros meios de comunicação, como revistas (30%) e TVs (27%).
A maioria dos consumidores tolera anúncios em sites móveis e em apps, contanto que os sites e aplicativos sejam gratuitos.
Os analistas constataram que as atitudes em relação a anúncios para celular são mais positivas em mercados emergentes, como Nigéria e Quênia (ambos 48% favoráveis), Índia (43%) e África do Sul (30%). Uma explicação, segundo eles, é o grau de importância que esses dispositivos representam na vida dos consumidores desses mercados.
Os especialistas também relatam que 38% dos consumidores têm vontade de partilhar sua localização em troca de serviços mais relevantes e ofertas. Ou seja, eles estão dispostos a trocar privacidade por conteúdo útil ou incentivos o que, na percepção dos analistas, abre portas para campanhas de marketing inovadoras.
Aceitação voluntária de aplicativos e anúncios para brindes (% do segmento) |
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Segmento |
Anúncios em Apps se App grátis |
Anúncios móveis, no caso de site grátis |
Geral |
30% |
28,00% |
Sofisticados |
48 |
50 |
Efetivos |
34 |
35 |
Pragmáticos |
68 |
57 |
Fonte: MillwardBrown, Novembro 2012 |
Entregas preferidas para mobile | |
Preferência | % de Respondentes |
Promoções e cupons |
44% |
Ferramentas gratuitas |
27 |
Informações baseadas em interesse |
27 |
Informações baseadas em localização |
25 |
Últimas notícias sobre produtos |
18 |
Funcionalidades divertidas |
15 |
Fonte: MillwardBrown, Novembro 2012 |
(Com informações do site Mediapost/Research Brief)