No relatório Competitividade Brasil 2016, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil é comparado com outros 18 países e mantém-se na penúltima posição do ranking geral de competitividade. Desde 2012, quando o ranking começou a ser divulgado, o Brasil ocupa a mesma posição.
O levantamento da CNI avalia nove fatores "que afetam diretamente a eficiência das empresas e a eficácia de seu manejo". Um deles é Infraestrutura e Logística. Apesar da penúltima posição geral, nesta categoria, o acesso e o uso TIC são os fatores de melhor desempenho do Brasil.
Com avaliações numa escala de 1 a 7, o acesso às TICs tem índice de 6,42, o melhor do país entre os fatores, segundo a CNI. Já o uso das TICs tem índice de 5,6. Para efeitos de comparação, a qualidade das rodovias brasileiras tem índice de 3,0 e a ferroviária, 1,9.
Entre os três subfatores de infraestrutura avaliados no ranking da CNI – telecomunicações, transporte e energia -, a de telecomunicações tem, de longe, a melhor avaliação: 5,9, o que coloca o Brasil na 8ª posição entre os 18 países. As infraestruturas de transporte e energia do país têm índice de 2,7. Em ambas, o país ocupa a última colocação do ranking de infraestrutura.
Segundo a Telebrasil, o bom desempenho dos fatores ligados às telecomunicações é resultado dos vultosos investimentos do setor no Brasil. A cada ano, as empresas do setor investem cerca de R$ 28 bilhões na infraestrutura e nos serviços de telecom, ajudando a alavancar a competitividade do setor produtivo brasileiro. Desde a privatização do Sistema Telebras, em 1998, foram investidos R$ 500 bilhões, o que fez com que o Brasil tenha hoje a quinta maior rede de telecomunicações do mundo. A carga tributária sobre serviços de telecomunicações – a mais alta do mundo dentre os países avaliados pela CNI – é o fator que mais inibe investimentos, em especial aqueles voltados ao atendimento dos consumidores de menor poder aquisitivo.
Para a Telebrasil, se o país quiser avançar ainda mais em sua infraestrutura de telecomunicações e no acesso e no uso das TICs, são necessárias políticas públicas voltadas à massificação de serviços essenciais básicos prestados pelo governo e demandados pela população, utilizando-se soluções completas com TICs. O setor já apresentou o projeto "Brasil Digital Inovador e Competititivo", em que coloca o uso das tecnologias de informação e comunicação como fundamental para a inclusão do Brasil entre as maiores economias mundiais.