As principais tendências tecnológicas que as empresas devem ficar de olho em 2022

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Prever o futuro é muito difícil. Devido às mudanças naturais das coisas e situações, pressagiá-lo no setor de tecnologia é ainda mais arriscado. Não é à toa que há inúmeros exemplos de inteligências artificiais que nunca foram adotadas porque outras chegaram a tempo ou se saíram melhor no mercado. Assim, a "melhor maneira de prever o futuro é estudar o passado", como ensinou o filósofo chinês Confúcio.

Baseando-se no último estudo do Gartner, de fato, as principais tendências de tecnologia indispensáveis para o negócio se manter vivo – e saudável – são as que envolvem flexibilidade, digitalização, mobilidade e eficiência.

A primeira tendência, diz respeito à segurança cibernética, assunto de máxima urgência nas organizações de todos os portes e segmentos, porque à medida que acresce o uso da tecnologia, há aumento também das ameaças à integridade e confiabilidade das informações. Lamentavelmente, aqui, no Brasil, muitos empresários só percebem a importância de investir na área após serem vítimas de fraudes, ciberataques ou extorsões, muitos, inclusive, perdendo documentos e arquivos essenciais para o bom andamento do negócio e, como consequência, tendo prejuízos financeiros e de imagem.

Em segundo lugar, destaque para a proteção de informações, uma vez que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) inaugurou uma nova cultura de privacidade no Brasil, demandando a conscientização das empresas sobre o assunto. Neste quesito, vale lembrar que aqueles que não estão em conformidade com a legislação podem ser multados em até R$ 50 milhões, além do risco de eliminação, bloqueio e suspensão das atividades de coleta das informações.

Outra predisposição são os aplicativos projetados especificamente para uma arquitetura de computação em nuvem, em virtude do aumento na receita e da redução nas despesas operacionais que costumam estar associados a ela.

Como as decisões terão que ser tomadas em um cenário sempre de incertezas, se faz imperativo um change management (gestão de mudanças) mais aprimorado, de preferência com as soluções do Information Technology Infrastructure Library (em português, Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informação), conhecido como ITIL 4, solução em que o gestor pode acoplar todas as rotinas empresariais, desde a infraestrutura, passando pela operação e manutenção de serviços, até mesmo planos de melhorias, enxergando com mais exatidão o cliente como seu alvo e, portanto, garantindo a qualidade dos produtos ou serviços ofertados.

Por fim, a hiperautomação, a qual reúne todas essas tendências e combina inteligência artificial, aprendizado da máquina, internet das coisas e automação robótica de processos (RPA), exclui o trabalho repetitivo e burocrático dos humanos, suavizando o caminho para automatizar tarefas de ponta a ponta, liberando e fortalecendo as habilidades dos indivíduos dentro das organizações.

Ocorre que as pessoas, as empresas, ou melhor, o mundo está sobrecarregado de informações. Contudo, são dados unidimensionais, que oferecem poucos insights reais, ou nenhum. Com soluções hiperautomatizadas é possível ter um raio X da vida real e estabelecer as tendências para o futuro, afinal, fazendo uso de ferramentas de integrações plug-and-play e análises mais incorporadas é possível ter uma dimensão extra para a tomada de decisões em torno dos dados.

Emauri Gaspar, Co-Founder da Run2Biz.

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