O orçamento de TI das companhias neste ano está, em média, de 31% a 40% comprometido com investimentos em mobilidade. Entre os CIOs, 43% colocam as tecnologias móveis entre as cinco prioridades para 2013. Os dados são da pesquisa CIO Mobility Survey realizada pela Accenture com 413 executivos de 14 países. De acordo com o estudo, 79% dos entrevistados citaram a mobilidade como um fator gerador de receita. Entre eles, 84% esperam que essa tendência aumente significativamente as interações com os clientes e 83% acreditam que haverá impacto positivo nos negócios.
Com relação às capacidades específicas de mobilidade, 43% mencionaram como principais necessidades melhorias no trabalho de campo e nos serviços aos clientes com acesso, captura e processamento dos dados, instantaneamente. Em seguida, 36% citaram como exigência indispensável o engajamento do consumidor via dispositivos móveis, especialmente com transações comerciais por meio desses aparelhos (34%). Por fim, 29% disseram que precisam projetar, desenvolver e distribuir dispositivos que suportem aplicativos B2B (para negócios entre empresas).
Durante o ano que vem, quase metade dos CIOs (46%) disseram que pretendem fazer alterações no fluxo de trabalho para incorporar a mobilidade aos negócios. O impacto da web no fim dos anos 1990 foi usado como parâmetro de comparação por 73% dos consultados, ante 67% dos que responderam a pesquisa no ano passado, evidenciando o ganho de relevância da mobilidade.
"É encorajador que as empresas estejam adotando a mobilidade, mas elas precisam ir além, identificando as principais áreas para a implantação móvel", disse Jin Lee, diretor da área de mobilidade da Accenture. "Em particular eles devem olhar para as áreas que irão crescer, como os dispositivos conectados, e realizar uma análise de lacunas e gaps para determinar como alcançá-los, ou melhor ainda, começar na frente", completa.
Estratégia
Mais da metade das empresas pesquisadas (58%) tem uma estratégia móvel formal desenvolvida de forma moderada, e cerca de um quarto (23%) tem uma estratégia móvel formal avançada. Esse número está abaixo dos 31% do ano passado, o que sugere que a velocidade de adesão à tecnologia móvel está acelerando na medida em que as empresas são pressionadas a agir antes que tenham uma estratégia bem definida.
O Brasil está na terceira posição entre os mercados com estratégias móveis mais desenvolvidas, com 37%, atrás apenas de China (50%) e Itália (47%). A pesquisa identificou ainda que a gestão de dispositivo móvel (27%), colaboração (25%) e troca de conhecimento (23%) como as três principais características mais importantes para desenvolver uma estratégia de mobilidade.
Segurança
Segurança ainda é uma preocupação significativa e a interoperabilidade tem se tornado um problema cada vez maior, indicando que os sistemas existentes não foram construídos para serem móveis e devem ser transformados para poder avançar. Entre as preocupações mencionadas, está a segurança no topo (45%), seguida da preocupação com o orçamento (41%) e falta de interoperabilidade com sistemas legados (31%).