Mais uma empresa de tecnologia se prontificou a esclarecer que não utiliza "minerais de conflito" – quando extraídos ilegalmente de minas em zonas de conflitos armados, causando maciças violações dos direitos humanos – na composição de seus produtos, segundo informa o The Wall Street Journal. Depois da Intel reforçar na semana passada que não usa tais minerais na produção de seus chips, agora foi a vez da Apple enviar documento à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula as empresas cotadas em bolsa nos Estados Unidos, atendendo ao prazo dado pela SEC, de 2 de junho, para apresentar um relatório auditado sobre o assunto.
No relatório, a fabricante americana diz acreditar que a maior parte das fontes de onde advêm quatro minerais utilizados na fabricação de seus produtos – os quais não foram detalhados pelo jornal americano – estão em conformidade com as normas que são parte da Lei Dodd-Frank, assinada pelo presidente Barack Obama em julho de 2010, destinadas a evitar que o dinheiro obtido com a extração ilegal de tais minerais seja usado para financiar conflitos entre milícias violentas na República Democrática do Congo (RDC).
A Apple relata que 21 fundições e refinarias foram identificadas como fontes de minerais originados na República Democrática do Congo ou em países adjacente, das quais 17 passaram por auditorias de terceiros para rastrear tais fontes. Segundo os resultados, não foram encontradas quaisquer evidências de que os materiais obtidos pelas refinarias tenham ajudado, direta ou indiretamente, a financiar ou beneficiar grupos armados.
Apesar do resultado, a companhia disse que vai continuar a exigir que as quatro refinarias que ainda não foram analisadas, cumpram com os requisitos de auditoria ou exijam de seus fornecedores excluir as fontes da sua cadeia de suprimentos. Ainda de acordo com o documento, a Apple foi a primeira empresa a começar a mapear sua cadeia de suprimentos, em 2010. A empresa disse que já pesquisou mais de 400 fornecedores em seus esforços, identificando 205 fundições e refinarias de minerais de conflito no ano passado.