Pão de Açúcar investe R$ 12 milhões em rede de thin clients

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O grupo Pão de Açúcar iniciou um projeto para a substituição de todas as estações de trabalho da empresa por thin clients, computadores tem poucos ou nenhum aplicativo instalado. Previsto para ser concluído em 2012, a rede varejista vai investiir R$ 12 milhões na compra de 10,5 mil thin clients.
Segundo o diretor de TI do Pão de Açúcar, Alexandre Vasconcellos, o plano prevê a aquisição de 3,5 mil thin clients por ano, sendo que nesta primeira etapa serão substituídos os PCs das lojas. Entre os benefícios esperados com a mudança, o executivo cita o baixo custo de administração de TI e de hardware, a facilidade de proteção dos dados, baixo consumo de energia e o menor consumo de largura de banda da rede.
Vasconcellos diz que o Pão de Açúcar estima obter uma economia de energia elétrica da ordem de R$ 4,5 milhões neste ano, cifra que deve subir para R$ 13 milhões em 2012, quando forem implantados todos os equipamentos. A fornecedora dos thin clients é a Wyse e a integradora é a CPM Braxis.
Sem revelar o orçamento da área de TI do grupo para este ano, o executivo adianta que outros dois projetos estão em fase de implantação na empresa. Um deles, iniciado no ano passado, é a instalação e integração do software Oracle Retail, voltado para aumentar a eficiência operacional e reduzir custos do estoque da companhia.
A primeira fase desse projeto envolve o abastecimento de mercadorias com base na demanda, ou seja, por meio do software a companhia poderá prever a demanda das lojas para maior precisão no processo de reposição de estoque. "Nosso nível de estoque ainda é muito alto, temos mais mercadorias do que precisamos", admite Vasconcellos.
Nesta primeira fase, o projeto começou a ser implantado em cinco hipermercados da rede, abrangendo apenas a área de vendas de produtos para animais. Gradativamente, explica o executivo, o sistema será levado para outros departamentos dos hipermercados. "Com isso, conseguimos de 70% a 75% de acuracidade na previsão da demanda", afirma o executivo. A meta é que todas as áreas tenham o sistema de precisão da demanda instalado em um ano e meio. A segunda fase do projeto de implantação do Oracle Retail envolverá a gestão dos centros de distribuição e da logística, e, na terceira e última fase, será feita a integração com os fornecedores. "O objetivo é reduzir de 25% a 30% o nível dos nossos estoques", enfatiza Vasconcellos.
Outro projeto da área de TI é o de etiquetas eletrônicas de preço. Implantado inicialmente na loja modelo do Pão de Açúcar no Shopping Iguatemi, o sistema foi expandido para duas lojas de Brasília, uma no hipermercado Extra e outra do supermercado Pão de Açúcar. No total, 64 mil etiquetas eletrônicas estão em funcionamento nas duas unidades. O projeto, segundo Vasconcellos, permitiu acabar com a emissão de 600 mil etiquetas de preço de papel por ano, que eram utilizadas nas duas lojas.
Entre as barreiras para a adoção de etiquetas eletrônicas nas demais lojas, o executivo cita o preço elevado da tecnologia, por ser importada. Para resolver esse problema, os varejistas estão discutindo no âmbito da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) a possibilidade de desenvolver um fornecedor nacional de etiquetas eletrônicas. "Todas as lojas verdes que serão abertas pela empresa já serão inauguradas com as etiquetas eletrônicas", adiantou Vasconcellos.

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