Grandes prestadores de serviços de saúde estão criando novos modelos de negócios, criando plataformas com tecnologias avançadas, agregando múltiplos serviços, fazendo parcerias com outros empresas e startups, criando um verdadeiro marketplace de benefícios para conquistar, fidelizar e propor um novo modelo de atendimento aos consumidores, que por sua vez, estão mais empoderados, "consumindo" cuidados de saúde sob demanda, de acordo com suas preferências, horários e comodidade.
No painel de encerramento da 12ª edição do Fórum Saúde Digital, nessa quarta-feira,30, foi discutido o surgimento de uma nova opção de cuidado de saúde, que agrega diferentes atores do mercado de saúde, novos entrantes, grandes empresas e startups, entre outros, criando uma marketplace one stop shop, onde o usuário encontrará uma nova alternativa de atendimento.
Rodrigo Gruner, diretor de Inovação e Novos Negócios da Vivo iniciou sua apresentação mostrando que empresas como a Vivo encontram nessa alternativa uma nova linha de crescimento e engajamento com seus clientes. "No Brasil, a maior base de acesso da companhia, possui 96 milhões acessos e uma rede de mais de 1.600 loja, o que mostra a capilaridade de nossa estrutura. De outro lado, como objetivo de negócios, a empresa, que tem como objetivo digitalizar e aproximar as pessoas, passou a entender que pode oferecer soluções que envolvam tecnologia e explorar seus ativos para aproximar as pessoas", explica o diretor.
Segundo ele, por meio de sinergias entre parceiros da Vivo está sendo possível se expandir em outras áreas, como na área financeira, e agora na área de saúde. "A empresa está construindo uma plataforma em parceira a Teladoc (uma healthtech do mercado), a fim de oferecer inicialmente serviços digitais e evoluindo serviços presenciais de saúde.
A plataforma do Vida V possibilitará ao público consultas médicas, descontos em farmácias, pré avaliação de cirurgias e atestados e pedidos de exames e prescrições médicas. Não se trata de um plano de saúde, mas um Marketplace que permite acesso a serviços de saúde com este e outros parceiros. O foco é dar acesso à saúde para quem não tem plano e serviços complementares. Nosso objetivo é complementar o ecossistema, com uma proposta de valor para o cliente da Vivo e esperamos ajudar em necessidades de acesso a serviços de qualidade em saúde", afirmou.
Outro player neste mercado é a Ticket, empresa de origem francesa, que atua no Brasil na área de benefícios complementares aos trabalhadores. Conforme disse Charles Boussion, gerente de Inovação e Mercados Estratégicos da Ticket, a empresa é conhecida pelo acesso à alimentação dos trabalhadores, normalmente gerenciados pelos departamentos de Recursos Humanos, estendeu esta experiência a uma área correlata, à da saúde.
"Segundo estatísticas que recebemos, hoje os planos de saúde são percebidos como produto de elite e apenas 20% da população tem acesso. Desses 85% deles recebem este benefício pelas empresas em que trabalham, mas o recente impacto da pandemia no mercado acabou por reduzir postos ou cortar benefícios em nome da reduçao de custos", informou o executivo.
Ele explica que o novo produtos é um marketplace, oferecido com preços competitivos e traz ao trabalhador opções de consultas, cirurgias, telemedicina, pacotes de emergência médica, tratamentos, exames, farmácia e atendimentos odontológicos que podem ser adquiridos, nas bases de contrato como os tickets alimentação para consumo imediato, customizáveis e sem restrições, em rede nacional.
Thiago Bonini, CEO e co-founder da Vidia, criou a startup com objetivo da usar a tecnologia ser um viabilizador para a democratiza e acesso à saúde dos menos favorecidos. "Na nossa visão do sistema de saúde no Brasil, o acesso ocorre de forma muito díspare e em dois mundos bem distinto a saúde pública e a privada". Por isso, segundo ele, a oferta de um acesso a um sistema imbuído de toda tecnologia disponível para oferta de serviços de saúde acessíveis é inovador e de alto crescimento.
A startup oferta o serviço completo prestando toda a assistência ao paciente quem a procura, desde a consulta até o pós-cirúrgico. "Hoje há ociosidade nos centros clínicos, com uma demanda latente. A plataforma nessa primeira fase fez uma relação entre hospitais e clínicas, fazendo a curadoria desses parceiros, além de todos os profissionais de saúde que trabalhariam. Agora, começamos um ciclo de relação mais próxima com os médicos, nos conectando diretamente com eles para dar acesso a cirurgias dentro da base de pacientes e clientes que necessitam de intervenções, mas não podem pagar pelos altos custos delas", explicou Bonini.
[…] Fonte: tinside […]