Mesmo fortemente afetado pela crise econômica mundial, o mercado de serviços de telefonia móvel do Brasil deve crescer 8,3% neste ano e totalizar receita de US$ 30,06 bilhões, segundo estudo da Frost & Sullivan, empresa de consultoria e pesquisa de mercado.
O avanço, todavia, será bem inferior ao aumento acima da casa dos 20% experimentado por esta indústria entre 2007 e 2008, quando acompanhou o crescimento da economia brasileira.
"Os impactos causados pela queda do PIB no último trimestre de 2008, o aumento do desemprego e a elevação da taxa de câmbio, que impactou os preços dos aparelhos, associados à maior concorrência entre as operadoras de telefonia móvel, impulsionada também pela portabilidade numérica, devem contribuir para reduzir as receitas do mercado neste ano", observou o analista de pesquisa da Frost & Sullivan, Bruno Neto.
Apesar da retração na receita total, o mercado brasileiro de serviços de telefonia movel deve voltar a apresentar um bom crescimento em receita nos próximos anos, com média anual de 8,2% até 2014, quando deve atingir cerca de US$ 44,67 bilhões e uma penetração próxima a 110,4% na população.
De acordo com o estudo, a expansão da receita deve ser impulsionada por serviços de valor agregado, como aplicativos avançados para envio de mensagens, GPS, TV móvel e serviços de banda larga móvel, que vêm aumentando em ritmo acelerado entre o público com maior poder aquisitivo.
"O surgimento de equipamentos sofisticados, como o iPhone e seus diversos concorrentes, com preços cada vez mais acessíveis, contribuem para alavancar o uso de serviços avançados, que geram maiores receitas às operadoras móveis a aos desenvolvedores de conteúdo, os quais também vislumbram novas oportunidades no segmento móvel", diz Neto.
A pesquisa conclui que esses dados apontam um cenário positivo para o setor, que, apesar dos efeitos da crise neste primeiro momento, deve seguir com crescimento muito acima da economia nos próximos cinco anos.
- Avanço tímido