DevOps na Transformação Digital: uma questão de sobrevivência

0

Mesmo em cenários completamente diferentes, as startups e as grandes organizações realizam uma análise estratégica para justificar o investimento em novas iniciativas, entre elas o ROI (Return of Investiment), o market share, a captação de clientes e a taxa de crescimento. Já em investimentos para os processos internos, como métodos ágeis e práticas DevOps, as empresas se deparam com a seguinte pergunta: qual o problema a ser resolvido? Muitas vezes são retornos qualitativos, necessários para aumentar o valor do negócio, time to market e entregas contínuas etc.

As empresas, tradicionalmente, possuíam na área de TI uma equipe de operações com a responsabilidade de manter os ambientes estáveis e resilientes, nas quais qualquer alteração deveria ser feita com muito cuidado. A outra equipe, de desenvolvimento de sistemas, precisaria responder rapidamente às necessidades do negócio. Mas ambas precisam contribuir para o sucesso da operação.

E, assim, as práticas DevOps combinam pessoas, processos e produtos para habilitar a entrega contínua de valor aos usuários finais, atuando com equipes multidisciplinares, ou seja, há quebra de silos entre desenvolvimento e operações, além das práticas e ferramentas compartilhadas. Esta eficiência e velocidade permite que as empresas disponibilizem novas versões de aplicações e produtos aos seus clientes o tempo todo.

A integração contínua, que é uma das práticas do DevOps de efetivar as alterações de código com frequência, tornou-se imprescindível para times que almejam manter o software no estado de funcionamento o tempo todo. Entre os principais problemas encontrados nas organizações que não  praticam integração contínua estão as interrupções em sistemas, que são geradas pela publicação de novas funcionalidades, a incapacidade de diagnosticar problemas em produção rapidamente e a dificuldade em atualizar os sistemas em produção.

O pipeline de implantação é outro conceito importante em DevOps, pois foca em automatizar os processos e garantir a entrega contínua de aplicações, disponibilizando novas versões de software o tempo todo ao cliente. O feedback contínuo vai guiando a estratégia da empresa, eliminando barreiras entre os departamentos para melhorar a colaboração entre as pessoas e gerar valor ao cliente.

Este fluxo cobre desde a concepção do produto até a geração de valor para a empresa e, por isso, o pipeline de implantação e o feedback contínuo são imprescindíveis para habilitá-lo. A última milha considera aspectos da entrega do produto, tais como a configuração de ambientes e automação de testes, conceitos não prescritos em métodos ágeis.

Por fim, observa-se que as grandes empresas inseriram o DevOps no contexto de Transformação Digital, o que foi identificado pelo Gartner desde 2015. As práticas DevOps estavam numa fase caracterizada pelo uso de 'early adapters' e com projeção de, em cinco a dez anos, ser largamente implementada.

À beira de 2020, já vemos estudos que indicam alguns benefícios obtidos por estas organizações. Nessas empresas nota-se melhorias da eficiência, da experiência do cliente e do time to market, além da maior frequência de implementações, redução do lead time  e das falhas, resolução de problemas mais rápido, ambientes mais estáveis e maior capacidade de resposta ao mercado. E você, já iniciou sua jornada rumo à Transformação Digital?

Leonardo Matsumota,  Digital Transformation Manager da Engineering.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.