A internet das coisas (IoT – Internet of Things, em inglês) é o futuro do negócio – não há dúvidas sobre isso. O termostato da Nest já regula automaticamente a temperatura da sua casa, os refrigeradores inteligentes da LG fazem listas de compras e planejamento das refeições, e o Model S da Tesla é equipado com mais software que mecânica.
Os appliances que usam a Internet das Coisas fazem parte de um novo estilo de vida, e os negócios, em várias indústrias, avançam para a próxima geração da conectividade. Com esse background, a questão é: o que é preciso para ter rentabilidade com a venda de internet das coisas?
No seu núcleo, a Internet das Coisas combina um dispositivo inteligente e um serviço de nuvem. O serviço pode também conter apps ou acessórios desenvolvidos em uma API comum e executados de acordo com as assinaturas. Companhias tentando expandir no mundo IoT devem considerar os seguintes elementos em sua estratégia para ter vendas rentáveis:
• Um Sistema de Comércio que venda bens digitais e físicos – Deve permitir que os clientes do e-commerce IoT comprem apenas os itens físicos, ou em pacotes, junto com o serviço que já usam, como é feito pelas empresas de telefonia móvel.
• Assinaturas e Pacotes – usuários podem adquirir assinaturas para os serviços oferecidos por seus dispositivos, e o pacote deve ser uma opção. A plataforma de comércio precisa oferecer vários modelos de assinatura e opções de preços baseados em pacotes de itens ou serviços, vendidos juntos.
• Direitos & Medição – quando os clientes compram um dispositivo de IoT, eles adquirem o direito de acessar o serviço oferecido, e o principal valor está nos benefícios intangíveis que eles recebem. O vendedor deve ser capaz de garantir esses direitos, e para utilizar realmente a oferta da tecnologia é preciso medir o uso do cliente e personalizar suas ofertas de serviços.
• Recomendações aos usuários – por meio de tecnologia push, recomendar serviços adicionais, acessórios, apps e outros, por causa do aumento no uso de dispositivos móveis. Baseado no uso do produto você pode personalizar as recomendações para refletir nos gostos pessoais, e entregar exatamente o que eles precisam.
• Marketplace para fornecedores terceiros – o marketplace para terceiros permite que desenvolvedores de fora criem apps que funcionam com o dispositivo IoT, isso permite a oferta de serviços para seus usuários.
Mais que nunca, uma solução integrada que combine produtos físicos com menos serviços tangíveis serão a chave para um comércio de sucesso. Como notado, as vendas nem sempre terminam na transação, mas abrem as portas para engajamento continuo com o cliente. As companhias que aprenderem a maximizar os serviços extras estarão à frente na revolução e melhoria das vantagens competitivas em IoT.
Michael Vax, gerente de produtos da hybris software.
Excelente posicionamento, Michael. Para o mercado B2C, que pode aproveitar a conectividade das pessoas, basta a combinação das duas coisas: dispositivos inteligentes e aplicações na nuvem. Mas para o mercado B2B, é necessário prover uma terceira coisa: a conectividade, na maior parte dos casos através da rede celular. E esta terceira coisa precisa ser considerada desde o início do projeto ou business plan, por seu custo e recursos necessários para gerenciá-lo, além das características técnicas.