Governo de São Paulo investe em megaparques tecnológicos

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O governo do Estado de São Paulo está desenvolvendo o projeto de cinco megaparques tecnológicos dedicados a várias áreas do conhecimento, dos quais um na Capital voltado à nanotecnologia e outro em Campinas, para informática e telecomunicações.

A informação é do secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, João Carlos de Souza Meirelles, que participou nesta quarta-feira, 29/11, da entrega de prêmios aos vencedores do Prêmio Werner von Siemens de Inovação Tecnológica.

Disse ainda, que no entanto, ao Brasil investe apenas 1% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, base da inovação tecnológica, e apresenta um baixo número de patentes registradas.

Segundo Carlos Ganem, superintendente da área de articulação institucional da Finep, o desenvolvimento está sendo afetado pelo contingenciamento das verbas dos fundos setoriais, pois de RS$ 1,5 bilhão previsto em 2005, apenas RS$ 740 milhões serão liberados. Para o próximo ano, espera conseguir liberar R$ 1,2 milhões e um crédito adicional de RS$ 500 milhões que a Finep deve conseguir juntos aos agentes financeiros com repasse de taxas mais baixas, para apoiar os projetos das empresas, que não têm condições de tomar empréstimos a juros de mercado.

Ele fez um alerta aos empresários paulistas, que a ser ver não estão procurando a Finep para investir em projetos de inovação tecnológica, dando com exemplo os estados de Santa Catarina e Paraná que são bem menores que São Paulo, mas contam com 33% do total da verba da Finep aplicada em seus projetos.

Prêmio Siemens

Em sua primeira edição, o Prêmio Werner von Siemens de Inovação Tecnológica recebeu mais de 400 inscrições de trabalhos de todo o País. O projeto vencedor na Categoria Pesquisador, de autoria de Mauro Conti Pereira, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, foi de um sistema de sinais táteis para orientação de deficientes visuais, que incrementa a capacidade dos mesmos na movimentação em espaços públicos e privados.

Na categoria estudante, o vencedor foi Rogério Bourscheidt Kunkel, da Universidade Luterana do Brasil, de Canoas, Rio Grande do Sul, com o trabalho Algoritmo de Configuração em Redes Bluetooth.

Além de participarem pelas categorias Pesquisador e Estudante, todos os trabalhos inscritos concorreram pela categoria Contribuição Social ou Inclusão Social. Desta, o vencedor foi Fábio Campanelli, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – departamento de Bioengenharia de São Carlos -, com a criação de um método inédito e rápido para o tratamento das úlceras de pacientes de Hanseníase.

Segundo o parecer dos jurados, este projeto surpreendeu pelo seu baixo custo e eficiência comprovada, abrindo uma nova alternativa para oferecer à população mais benefícios ao tratamento desta doença.

Os mais de 400 projetos que participaram do 1º Prêmio Werner von Siemens de Inovação Tecnológica estavam relacionados aos diversos segmentos de atuação da Siemens no Brasil, como Informação e Comunicação, Automação e Controle, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia, Soluções Médicas, Transportes e Iluminação.

Delas, a área de Informação e Comunicação foi a que mais recebeu inscrições, representando 44% da Categoria Estudante e 37% da Categoria Pesquisador.

Segundo Adilson Antonio Primo, CEO da Siemens, ?a inovação é a seiva vital que orienta a empresa, que possui seis centros de desenvolvimento no Brasil, 15 fábricas e mais de 10 mil funcionários?.

Disse ainda que a empresa exporta US$ 3 bilhões e investe R$$ 800 milhões em gestão de tecnologia, empregando mil funcionários e colaboradores fixos nessa atividade.

?50% da energia gerada no Brasil e cerca de 30% dos equipamentos de telecomunicações são da marca Siemens. Em 2003 criamos um portal de tecnologia que recebe 50 propostas de projetos por mês?, conclui.

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