A EMC Brasil, fabricante de sistemas de armazenamento e gerenciamento de informação, definiu uma meta bastante ambiciosa para os próximos três anos: dobrar o faturamento durante o período. Para atingir esse objetivo, serão necessários maior investimento na fabricação local, com ampliação do portfólio, e o aumento de recursos para a operação como um todo, para suportar o crescimento.
Este foi o diagnóstico apresentado ao conselho diretor da companhia pelo diretor geral da subsidiária brasileira, Carlos Cunha. O executivo apontou como principal necessidade para a companhia atingir a meta de crescimento o investimento nas operações de logística e suporte. "Não podemos apenas ampliar as áreas de pré e pós-vendas, mas precisamos estruturar de forma qualitativa a questão do delivery e do suporte para estarmos preparados para essa expansão. Esses fatores são fundamentais para o plano estratégico", salientou Cunha.
Ele adiantou que decisão sobre o planejamento apresentado à matriz será tomada em fevereiro do ano que vem, quando ocorrerá nova reunião para definir a estratégia da companhia, que está acontecerá no Brasil. Cunha comenta que os eventos esportivos como a Copa do Mundo e os Jogos Olimpicos, aliados ao início da extração de petróleo na camada do pré-sal, representam grandes oportunidades para a companhia elevar o resultado no país.
Cunha adiantou também que a ampliação da linha de produção é outra ação prevista para 2011. De acordo com ele, a expectativa é passar a produzir no Brasil os produtos de deduplicação de dados da Data Domain e as soluções de análise de dados da Greenplum, empresas adquiridas no ano passado pela EMC. Outra meta de Cunha é a de trazer para o Brasil um centro de excelência, mas sem definir um prazo para isso acontecer.
O executivo ressaltou que não quer disputar os recursos com as operações da EMC em outros países emergentes, mas quer que o Brasil tenha preferência no orçamento em detrimento de países da Europa, como Itália, Espanha, Portugal e Alemanha. "Esses países terão um avanço muito pequeno", analisou.
Atualmente a América Latina responde por cerca de 4% do faturamento global da EMC, sendo que o Brasil representa entre 45% e 50% do total. "Queremos que a América Latina supere esse patamar ainda nesta década", afirmou o diretor geral da EMC Brasil. Ele aproveitou para antecipar que a Arcadia, joint venture firmada no ano passado entre VMware, Cisco e EMC, abrirá um escritório no Brasil no ano que vem.
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