Desligamento das redes 2G e 3G vai ter impacto de R$ 10 bilhões para o mercado nacional

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O mercado prepara-se para o desligamento das redes móveis 2G e 3G, já anunciado pela Anatel e que, ao que tudo indica, deve ser feito de forma gradual. A agência também já anunciou que, a partir de abril de 2025, não serão mais permitidos para venda novos equipamentos que usam apenas estas tecnologias de conectividade. Por outro lado, as grandes operadoras já deram início à adequação de suas redes de antenas 2G e 3G.

De acordo com estudo inédito sobre o tema preparado pela Links Field, operadora virtual de telecomunicações (MVNO) focada em soluções de comunicação entre máquinas (M2M), milhares de empresas terão suas operações afetadas nos próximos anos, uma vez que, dos 20 milhões de dispositivos de rastreamento e pagamento existentes hoje no mercado, 12 milhões ainda usam conectividade 2G e 3G. Por outro lado, segundo a Associação Brasileira de Internet (Abranet), muitos municípios brasileiros ainda contam apenas com conectividade móvel 2G ou 3G, como, por exemplo, 40 dos 62 municípios do Amazonas.

Estimativas do impacto deste desligamento para as empresas chegam a cerca de R$ 10 bilhões, que deverão ser absorvidos por empresários de todo o país, entre os quais muitos micro e pequenos empreendedores. Estes custos referem-se à aquisição de dispositivos 4G (com maior capacidade de transmissão de dados e melhor eficiência energética) e os serviços de troca de equipamentos obsoletos em uso no mercado.

Para minimizar os desafios da transição tecnológica, é essencial que os profissionais da área invistam em conhecimento sobre as opções mais adequadas para os serviços que oferecem. Isso inclui ferramentas que otimizem a gestão de recursos, como a identificação precisa de usuários, controle de linhas ativas e inativas, mapeamento de cobertura e tecnologias disponíveis, além do monitoramento de volumes de dados trafegados. Essas práticas podem ser determinantes para uma transição eficiente.

No contexto do desligamento de tecnologias 2G e 3G, iniciativas que combinem informações de mercado com soluções especializadas têm se mostrado úteis para empresas que buscam mitigar custos e riscos. Além de adaptar dispositivos à tecnologia 4G e suas variantes NB-IoT e CAT-M1, essas estratégias também abrem caminho para explorar novas oportunidades e benefícios decorrentes dessa mudança.

Especialistas do setor destacam a importância da colaboração nesse momento de transição. Para Paulo Nogueira, Diretor Comercial de uma empresa do setor, "esse tipo de parceria reflete o amadurecimento do mercado, ao oferecer soluções integradas que priorizam qualidade e inovação tecnológica". Já Thiago Rodrigues, Diretor Geral de outra organização do segmento, afirma que "o mercado demanda mais clareza e informação sobre as tecnologias que impactam diretamente seus negócios, e parcerias estratégicas são fundamentais para orientar a tomada de decisões em um momento crucial como este".

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