A produção industrial brasileira recuou 1,2% em dezembro de 2011, puxada principalmente pelos setores de máquinas para escritório e equipamentos de informática (-16,0%), vestuário e acessórios (-21,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,3%), segundo dados divulgados nesta terça-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da queda, o desempenho do mês levou o indicador para o fechamento do ano a uma taxa positiva de 0,3%, mas bem abaixo do resultado verificado em 2010 (10,5%).
As atividades que sobressaíram com a menor fabricação estão a de computadores e peças e acessórios para processamento de dados, fios e tecidos de algodão e motores elétricos e transformadores, entre outros. Na comparação com dezembro de 2010, o setor produtor de bens de consumo duráveis (-5,5%) registrou a taxa negativa mais elevada, pressionado principalmente pela menor fabricação de automóveis (-10,3%), telefones celulares (-5,4%), eletrodomésticos da “linha marrom” (-5,5%) e motocicletas (-5,6%).
A produção do setor industrial no último trimestre de 2011 também recuou, tanto frente a igual período de 2010 (-2,0%) quanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (-1,4%), série com ajuste sazonal. Entre outubro e dezembro, a indústria apontou a primeira taxa negativa desde o terceiro trimestre de 2009 (-8,2%), pressionado pelos resultados negativos em todas as categorias de uso e em 17 dos 27 ramos investigados. Entre as categorias de uso, a perda mais intensa foi observada em bens de consumo duráveis, que passou de -2,2% no período de julho a setembro para -9,4% no trimestre seguinte.