Estudo indica baixa adesão do setor de foodservice à digitalização

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A pandemia do novo Coronavírus alterou diversos hábitos na rotina dos consumidores brasileiros, um deles foi o aumento nos pedidos de refeições via meios digitais, como apps de delivery e mídias sociais. Mas a rápida migração do consumidor para o ambiente digital não se traduz em transformação digital para as empresas do setor. Levantamento feito pelo o IFB – Instituto Foodservice Brasil, em parceria com a consultoria Cognitive Media Science, aponta que 74% do setor indicou que investirá pouco em transformação digital ou não sabe quanto investirá.

O estudo ouviu 61 executivos (C-Level), a maioria à frente de grandes empresas com faturamento anual acima de R$ 300 milhões de reais do setor de alimentação fora do lar e associadas ao IFB.

Segundo o MIT e a consultoria Capgemini Consulting, empresas digitalmente menos maduras podem ter perdas de 24% nos lucros. Em contrapartida, 61% dos CEOs brasileiros aumentarão significativamente (mais de 10%) seus investimentos em transformação digital, de acordo com a PWC.

O processo de transformação digital vai além das vendas online. Uma empresa que realmente deseja alcançar a maturidade digital, deve utilizar a tecnologia como propulsora das melhorias de processos estratégicos em todas as áreas, melhorando radicalmente sua gestão em todas as áreas.

Os resultados da pesquisa foram analisados de acordo com parâmetros desenvolvidos pelo MIT para classificação da maturidade digital. Em um segundo momento houve a comparação com um estudo desenvolvido pelo Núcleo DIGI da ESPM que avaliou a transformação digital no Brasil.

• Iniciantes: têm poucas capacidades digitais, limitam-se a aplicações mais tradicionais. Essa classe corresponde a 65% dos respondentes da pesquisa versus 43% no cenário nacional, indicando que o setor possui menor maturidade digital que a média das empresas brasileiras.

• Conservadores: privilegiam segurança em vez de inovação, com investimentos seletivos, mas consistentes, em tecnologia e mídia digital. No segmento de foodservice, 20% foram diagnosticadas como conservadoras versus 6% das empresas brasileiras, indicando um maior conservadorismo do setor.

• Digiratis: investimentos agressivos em digital alinhados com visão estratégica e capacidade de execução. Apenas 13% das entrevistadas se encaixam na classificação mais cobiçada pelas empresas que desejam se transformar digitalmente, versus 26% da média das empresas nacionais.

• Fashionistas: experimentaram diversas aplicações digitais, algumas criaram valor, porém muitas não geraram resultados. De todas as empresas entrevistas, somente 2% das empresas de foodservice foram classificadas como fashionistas, enquanto na média 25% das empresas brasileiras são fashionistas. Isso é um aspecto positivo para as empresas de foodservice, pois significa que seus investimentos em TI possuem alinhamento com estratégia e não são influenciados por modismos.

A pesquisa identificou que esse resultado é proveniente de uma grande barreira cultural entre as empresas do setor. Entre os respondentes 52,5% identificaram esse fator como impeditivo para a transformação digital não evoluir. Outros motivos foram citados, como limitações orçamentarias e estruturação adequada do projeto.

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