A saída de Cezar Alvarez do Ministério das Comunicações para presidir a Telebrás foi abortada pelo Palácio do Planalto. Alvarez continuará como secretário executivo. Mas o ministro Paulo Bernardo mudará a presidência da Telebrás, onde assumirá o atual diretor comercial Caio Bonilha no lugar de Rogério Santanna; e trocará o comando da secretaria de telecomunicações do Minicom, hoje sob a responsabilidade de Nelson Fujimoto, por um nome ainda não definido. Esse foi o saldo de uma rápida, mas significativa, crise política aberta com o vazamento da informação de que Alvarez deixaria o ministério. Diante da repercussão negativa que o fato geraria junto à militância e às bases, e ao fato de que Alvarez tem laços políticos fortes com o ex-presidente Lula, o Planalto avaliou que seria imprudente deixar o Minicom conduzir a questão como planejado. Paulo Bernardo falou rapidamente à imprensa, negou a saída de Alvarez e confirmou a indicação de Bonilha para a Telebrás. Em seu Twitter, Paulo Bernardo disse pela manhã que havia conversado com a presidenta Dilma Rousseff sobre os rumos do PNBL, sem dar detalhes.
Bonilha já vinha trabalhando com Rogério Santanna e foi um dos responsáveis pela modelagem econômica montada para colocar a estatal novamente de pé.
Alvarez confirmou a este noticiário que o seu remanejamento para a Telebrás estava em estudo, mas não quis dar detalhes sobre as razões da mudança. Afirmou apenas que a sua permanência no ministério foi avaliada como mais adequada diante de um projeto maior, que envolve o Plano Nacional de Banda Larga e também o debate sobre o novo marco das comunicações, e reforçou que o ministro Paulo Bernardo tem dado e continuará dando todo apoio ao papel que a Telebrás tem no PNBL.
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