O conselho de administração da Nokia aprovou na segunda-feira, 30, um ajuste no volume máximo de papéis em posse de cada acionista interno com o objetivo de reter talentos. A quantidade foi elevada em 35%, de 8,5 milhões de ações para 11,5 milhões, aplicáveis a qualquer funcionário, com exceção do CEO e dos membros da alta direção da companhia.
De acordo com a fabricante finlandesa de celulares, o objetivo é atingir funcionários de nível sênior, críticos para o prosseguimento da estratégia corporativa. A aquisição dos papéis por esses empregados vale sob as regras do Plano Acionário 2011, com previsão para se encerrar no fim do ano que vem. Segundo a Nokia, até dezembro do ano passado, a diluição máxima do programa era de 1,8%, e a estimativa do índice até o fim deste ano é de 1,6%. A companhia tem capacidade máxima de prêmio de 35 milhões de ações.
“Acreditamos que é um uso prudente das opções de ações, também destinadas a alinhar os interesses de funcionários-chave e acionistas”, afirmou a Nokia em nota. “Qualquer mudança no valor das opções de ações-prêmio depende da execução bem-sucedida da estratégia e do crescimento sustentável em seu preço no longo prazo”, finalizou.
A Nokia passa por sérias dificuldades no mercado de celulares após o crescimento da Samsung e da Apple, líderes no segmento de smartphones. A parceria da Microsoft para o desenvolvimento de seu produto tem resultado abaixo do esperado e, assim, a finlandesa está no meio de uma estratégia de transição – a qual inclui fechamento de escritórios e demissões. No segundo trimestre, seu prejuízo triplicou e alcançou 1,5 bilhão de euros.