Paradigma investe R$ 4 milhões e torna agregador B2B empresa independente

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Criar um serviço que facilitasse as transações entre empresas, por meio de uma plataforma de comércio B2B e de relacionamento, foi a proposta da catarinense Paradigma, fornecedora de tecnologia para negociações e relacionamentos eletrônicos, quando desenvolveu, em 2008, o projeto do ClicBusiness. A ideia inicial era criar um agregador que integrasse alguns fornecedores e agentes para processos de compra, mas o projeto tomou tamanha dimensão, que a Paradigma decidiu transformar a operação em uma empresa independente.

Com investimento de aproximadamente R$ 4 milhões, a ClicBusiness fornece uma plataforma web, com recursos de computação em nuvem, que reúne uma base de dados organizada de contratantes e fornecedores dos mais diferentes ramos de negócios. Como no e-commerce tradicional, o serviço traz dados sobre reputação e experiências de compra e produtos e serviços.

O fundador e CEO da ClicBusiness, Gérson Schmitt, comandará uma equipe de 12 pessoas, com a finalidade de suportar o crescimento da empresa. Ele conta que, desde 2010, quando entrou no ar em fase de testes, o ClicBusiness evoluiu a ponto de os envolvidos no projeto notarem um aumento significativo da eficiência assim que adotavam a plataforma. “No comércio B2B há muita perda de produtividade quando o processo de compra envolve diversas navegações, diferentes contatos entre empresas distintas, sendo estas em grande parte do mesmo ramo de negócio. Ao unificar todos os processos em uma plataforma web de gestão, de fácil acesso, diminuímos o custo operacional e com um software de ERP”, afirma. Segundo ele, a fase de testes já arrebatou 16 portais e mais de 60 mil fornecedores.

Schmitt diz que a criação da companhia foi viabilizada por meio de um acordo de cooperação com a Totvs, com a abertura da base de dados dos sistemas e o acesso a 26 mil corporações registradas na base da fabricante de software brasileira. O executivo estima que, em média, cada uma das empresas dessa base lida com seis fornecedores diferentes, o que traz à ClicBusiness um ecossistema de 2,6 milhões de companhias como potenciais clientes. “Até 2020, a meta é atingir de 40% a 60% dessa base. Com o preço de assinatura do serviço a R$ 100, a Clicbusiness deve chegar a uma receita de R$ 1 bilhão”, calcula.

O modelo de negócio da nova empresa é calcado em assinaturas. Os planos, com valores promocionais até o fim do ano, se diferem pelo volume de informações fornecidas para os cadastrados. O serviço completo oferece até alertas de demandas das cadeias de negócios que interessarem ao fornecedor, de maneira a aumentar a possibilidade de novos negócios. A ClicBusiness também trabalha em novas funcionalidades para o início de 2013, como o serviço sob demanda adicional e uma central logística.

“Hoje, é comum falar em empresas querendo realizar atividades em redes sociais. Fomos capazes de enxergar uma comunidade de negócio que já existia desarticulada, mas com necessidade de simplificação e conexão em rede para otimizar o negócio”, finaliza Schmitt.

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