Apesar de ainda contar com uma alta carga tributária repassada ao consumidor, o Brasil ganhou papel de destaque como país onde menos se gasta com banda larga em relação à renda nas Américas. No mundo inteiro, de acordo com o estudo Measuring the Information Society 2012, realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), o País está atrás apenas do Cazaquistão entre os "países mais dinâmicos", que mede a mudança de colocação de cada local no índice de desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação (IDI). Entre 2010 e 2011 o Brasil subiu sete posições, saindo do 67º lugar para o 60º. A pesquisa foi feita com 161 países, considerando 11 indicadores como infraestrutura de acesso, uso de serviços e capacidade da população na utilização.
Em valores absolutos, o IDI brasileiro subiu 0,54 ponto (em uma escala de 0 a 10), ficando então na quinta colocação dentre as maiores variações no índice, atrás do Barein, Arábia Saudita, Cazaquistão e Azerbaijão. Desta forma, tirando a Costa Rica (nona colocada na variação absoluta), o Brasil é o único país das Américas a figurar no ranking de dinâmica do IDI.
O destaque no País vai para a penetração da banda larga móvel que dobrou entre 2010 e 2011, chegando agora a 21 acessos para cada cem habitantes. Nas Américas, o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. O crescimento da cobertura 3G foi ressaltado, já que agora abrange 83% da população brasileira. A penetração da Internet fixa também foi expressiva, com 40% de crescimento, saindo de 27,1% em 2010 para 37,8% no fim do ano passado. O número de domicílios com computador também aumentou, fechando 2011 com 45,4%.
Outro ponto salientado pelo estudo da UIT foi a queda de 40% no preço da cesta de serviços de telecomunicações, que inclui telefonia móvel e fixa e banda larga fixa. A pesquisa mostra que a participação percentual do preço da cesta na renda média bruta per capita brasileira caiu de 6,8% em 2008 para 4,1% em 2011. Considerando apenas a banda larga fixa, a queda foi ainda mais acentuada, com 68% de variação, fechando 2011 com 2,2%. Os aportes na infraestrutura já superam R$ 22 bilhões anuais no setor.