Após rumores que circularam na última sexta-feira indicarem que a BlackBerry estaria pensando em fechar o capital e se tornar uma companhia privada, a empresa canadense divulgou comunicado nesta segunda-feira, 12, para dizer que seu Conselho de Administração formou um comitê especial para explorar estratégias alternativas visando aumentar o valor da companhia e sua escala, a fim de acelerar a entrega de seu mais recente sistema, o BlackBerry 10. Entre as estratégias estudadas pela fabricante estão a formação de uma joint venture, parcerias ou alianças estratégicas e até mesmo a venda da operação.
"Durante o ano passado, a administração e o conselho se concentraram no lançamento da plataforma BlackBerry 10 e do BES 10, estabelecendo uma sólida posição financeira, e avaliando a melhor abordagem para a entrega de valor no longo prazo para os clientes e acionistas", disse o presidente do comitê especial da companhia, Timothy Dattels. "Dada a importância e a força da nossa tecnologia e do cenário competitivo, acreditamos que agora é o momento certo para explorar alternativas estratégicas."
O CEO e presidente da fabricante, Thorsten Heins, declarou que a empresa continua a ver "atraentes oportunidades de longo prazo para o BlackBerry 10", completando que possui "tecnologia excepcional que os clientes estão abraçando, um balanço forte" e está satisfeito com o progresso que tem sido feito em sua transição. "À medida que o comitê especial centra-se na exploração de alternativas, continuaremos com a nossa estratégia de redução de custos, levando a eficiência e acelerando a implantação do BES 10, bem como a condução de adoção de smartphones BlackBerry 10, lançando a plataforma multisserviço de mensagens sociais, BBM, e buscando oportunidades de computação móvel, aproveitando a rede segura e confiável de dados global da BlacBerry."
Com o anúncio, Prem Watsa, presidente e CEO da Fairfax Financial, maior acionista da BlackBerry, declarou que deixará de fazer parte do Conselho de Administração da fabricante para evitar potenciais conflitos que possam surgir durante a decisão. "Eu continuo a ser um forte defensor da companhia e do Comitê de Gestão e de como eles se movem durante este processo. A Fairfax Financial não tem nenhuma intenção atual de vender de suas ações", disse Watsa.
O JP Morgan Securities está atuando como assessor financeiro para a BlackBerry e o Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom LLP e Torys LLP, como consultores jurídicos. A empresa ressaltou no comunicado que "não pode haver garantia de que este processo de exploração resultará em qualquer transação".