O Yahoo está em fase avançada de negociações para a compra da startup de aplicativos de vídeo Qwiki. O valor da transação pode chegar a US$ 50 milhões, segundo pessoas ligadas à empresa relataram ao blog de tecnologia All Things Digital.
Inicialmente, a Qwiki lançou seu aplicativo como uma plataforma de busca multimídia unida a outro aplicativo para iPad para criação de resumos de vídeos de termos de pesquisa. No ano passado, a startup se uniu ao parceiro de notícias do Yahoo, a ABC News, em uma plataforma de publicação para criação de histórias interativas. Segundo o All Things Digital, a startup conseguiu levantar US$ 10 milhões de uma série de investidores.
Se a transação for concluída, será mais uma da onda de aquisições do Yahoo que, além de comprar diversas pequenas empresas de aplicativos móveis, adquiriu recentemente a rede de blogs Tumblr por aproximadamente US$ 1,1 bilhão. O blog também divulgou que a empresa está próxima de comprar o aplicativo de criação de livro de endereços Xobni por um valor entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões.
Espionagem
Afora os rumores de compra, a companhia divulgou na segunda-feira, 17, comunicado referente aos números de pedidos para acesso a dados de usuários feitos por agências do governo dos Estados Unidos, seguindo o Facebook, a Microsoft e a Apple, que fizeram o mesmo durante o último fim de semana.
"Temos trabalhado arduamente ao longo dos anos para ganhar a confiança dos nossos usuários e lutar muito para preservá-la. Para isso, estamos divulgando o número total de pedidos de dados de usuários que as agências de aplicação da lei dos Estados Unidos fizeram a nós entre 1º de dezembro de 2012 e 31 de maio de 2013", diz o comunicado assinado pela CEO Marissa Mayer e o conselheiro geral Ron Bell. A companhia destaca que, durante esse período, recebeu entre 12 mil e 13 mil pedidos, inclusive criminais, dentro da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa). "O mais comum destes pedidos foram a respeito de fraude, homicídios, sequestros e outras investigações criminais."
As empresas de internet acusadas de fornecer livre acesso a dados confidenciais de usuários à Agência Nacional de Segurança (NSA) e ao FBI (polícia federal americana) como parte do programa de espionagem ultrassecreto do governo, denominado Prism, estão, pouco a pouco, divulgando mais detalhes sobre os pedidos feitos pelas agências do governo americano, negando participação no programa de espionagem. A divulgação dos números segue após iniciativa do Google, que também está entre os acusados, de pedir permissão ao governo americano para publicar um resumo dos dados dos usuários que foram solicitados pela administração de Barack Obama por razões de segurança nacional. Contudo, o gigante das buscas não divulgou, até o momento, detalhes sobre os pedidos feitos pelo governo nesse âmbito.