Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (21/5) em seu website, a Siemens anunciou que vai substituir em julho deste ano o atual presidente e CEO da companhia, Klaus Kleinfeld, que teve o nome envolvido em escândalos de corrupção. Em seu lugar será nomeado como presidente e CEO o executivo Peter Loescher, 49, que chefiava a divisão de saúde humana do laboratório Merck desde abril do ano passado.
Kleinfeld deixará o cargo dois meses antes do previsto, já que tinha contato com a companhia até setembro. A decisão da Siemens em buscar um presidente fora de seu quadro de funcionários teve como propósito garantir que o próximo CEO não fique sob os holofotes das denúncias e de qualquer suspeita sobre contratos fechados no passado.
Promotores alemães acusaram executivos da multinacional alemã de atuarem de forma ilegal para melhorar os resultados da empresa. O primeiro escândalo envolveu a empresa e um sindicado de trabalhadores. A empresa teria pago propina a um líder sindicalista para fechar acordos favoráveis à empresa.
Os episódios de corrupção teriam ocorrido em 2001. Uma das investigações terminou com a prisão do presidente da divisão de automação da Siemens, Johannes Feldmayer.
A companhia também é suspeita de ter desembolsado mais de 400 milhões de euros em subornos para obter contratos no setor de telecomunicações. A justiça de vários países investiga as transferências de pelo menos 200 milhões de euros.