A Unify, novo nome da Siemens Enterprise Communications, assinala não apenas uma mudança de marca, mas também uma transformação no seu modelo de negócio, que, a partir de agora, se concentrará na oferta de soluções de colaboração e comunicação unificada no modelo de software como serviço (SaaS) hospedadas na nuvem, abandonando a fabricação de equipamentos de comunicação.
A informação é de Hamid Akhavan, CEO Global da empresa, que esteve presente na Futurecom 2013, para, além de divulgar a mudança de marca, anunciar seu primeiro projeto de colaboração dentro dessa nova estratégia, o Ansible, plataforma que integra voz, vídeo, redes sociais, aplicações e modelos e canais de negócio de forma integrada. Ele explicou que a empresa, fruto de uma joint venture criada em 2008 pelo fundo de investimento Gore Group e Siemens AG, vinha trabalhando nos últimos dois anos para registrar essa marca em mais de cem países onde atua, e escolheu o Brasil para o lançamento, já que representa mais 70% dos negócios na região latino-americana, sem, no entanto, revelar números.
O executivo esclareceu ainda que a fábrica que a empresa mantinha em Curitiba para produção de hardware, foi transformada num centro de desenvolvimento de software Agile, o que possibilita mais rapidez no desenvolvimento de novas versões, atualizações e aperfeiçoamentos constantes, como é a característica da própria metodologia. "Depois do lançamento da plataforma Ansible, teremos uma nova versão de nossa solução de contact center, cujos clientes poderão fazer a migração sem perder o investimento feito no sistema legado, pois a tecnologia aberta permite a integração", ressaltou.
O novo modelo de negócio da Unify já está sendo testado no McDonalds da Argentina, onde ela oferece o serviço de atendimento aos consumidores para todas as lojas da rede de fast food da América Latina, com o sistema hospedado em seu próprio data center. "Pretendemos que no Brasil isso seja feito por meio de parceiros de negócios, como o que já fechamos com a Go2Next no ano passado, e através de operadoras de telecomunicações, a exemplo do que já ocorre em alguns países da América Latina", explicou.