Wall Street reagiu positivamente aos resultados do segundo trimestre deste ano do Facebook, divulgados na última quarta-feira, fruto da aposta da empresa em software para dispositivos móveis. Os papéis da companhia encerraram o pregão desta quinta-feira, 25, na bolsa eletrônica Nasdaq, valendo US$ 34,35, maior cotação registrada desde sua estreia na bolsa, em 18 de maio do ano passado. O preço representa uma valorização de 29,61% em relação ao fechamento do pregão do dia anterior.
O início do pregão já dava sinais de que as ações da empresa teriam bom comportamento, abrindo as negociações com expressiva alta de 25,4%, cotadas acima de US$ 30. Apesar do preço ainda estar abaixo de sua oferta pública inicial (IPO), de US$ 38, a valorização mostra uma melhora no desempenho da companhia, que somente atingiu o valor de US$ 34 no segundo dia após o IPO. Desde então, os preços oscilaram em torno dos US$ 30, fechando abaixo desse valor nos últimos cinco meses.
A reação positiva dos investidores se deu em razão do avanço do Facebook na venda de publicidade móvel, que respondeu por 41% da receita total com publicidade da companhia. Isso mostra que a estratégia do CEO Mark Zuckerberg de concentrar o foco em mobilidade está no caminho certo. "Os investimentos que fizemos ao longo do ano passado estão começando a dar frutos", disse David Ebersman, diretor financeiro do Facebook, em entrevista na última quarta-feira, 24, ao The Wall Street Journal.
Na véspera de completar um ano de seu IPO, ainda pairavam dúvidas sobre como a rede social conseguiria expandir sua receita e manter a lucratividade sem se tornar uma página comercial demais. O sócio da empresa de capital de risco Silverton Partners, Morgan Flager, disse ao jornal americano que o Facebook tem feito um bom trabalho de monetização e progressos impressionantes em mobilidade, mas o desafio será continuar a mostrar uma melhor rentabilidade para atender às crescentes expectativas de Wall Street e "não alienar sua base de usuários, tornando o Facebook muito comercial".
Apesar dos bons resultados, o Facebook ainda detém uma pequena fatia do mercado de publicidade digital, com 4,1% do mercado de US$ 104 bilhões, segundo dados da eMarketer. A companhia optou pela modéstia e declarou que os próximos trimestres serão mais difíceis.
Notícia atualizada às 17h30