O diretor da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana, Keith Alexander, manifestou-se nesta quinta-feira, 31, sobre informações de que a agência teria invadido secretamente os principais links de comunicação que ligam a rede interna do Google e Yahoo ao redor do mundo. Alexander declarou que as informações divulgadas são "incorretas" e que seria ilegal a interceptação desses dados pela agência. Ele destacou, ainda, que o acesso aos dados são feitos mediante autorização judicial.
Apesar da NSA negar as denúncias que constam em documentos obtidos pelo ex-técnico da CIA, Edward Snowden, publicadas pelo jornal The Washington Post na última quarta-feira, 30, as empresas de internet estão indignadas e preocupadas com os danos causados às suas reputações, após a notícia do monitoramento de dados vir à tona.
"Estamos muito preocupados com a possibilidade desse tipo de espionagem, razão pela qual continuamos a estender a criptografia em todos os serviços e links do Google", declarou o diretor jurídico do Google, David Drummond, em comunicado. "Não permitimos que qualquer governo tenha acesso aos nossos sistemas", acrescentou o executivo, ressaltando a necessidade de uma reforma urgente nas práticas da NSA. O Yahoo também afirmou não prover a qualquer órgão governamental acesso a dados de usuários e que possui "controles rígidos para proteger a segurança dos seus data centers".
Entenda o caso
De acordo com documentos obtidos por Snowden e fontes ouvidas pelo The Washington Post, a NSA monitorava e tinha acesso a todo o tráfego interno entre os data centers do Google e Yahoo, em tempo real, podendo coletar dados de centenas de milhões de usuários de ambas as empresas, muitos deles de americanos.
Segundo o jornal americano, a principal ferramenta da NSA para explorar o conteúdo interno é chamada de MUSCULAR, a qual estaria copiando fluxos de dados inteiros através de cabos de fibra ótica que levam informação entre os data centers das duas empresas. A infiltração permitiria à NSA saber quem enviou ou recebeu e-mails e quando, além do conteúdo das mensagens, incluindo texto, áudio e vídeo.
No início de setembro, as empresas de internet, juntamente com o Facebook, enviaram petições ao Foreign Intelligence Surveillance Court (FISC), tribunal americano que supervisiona atividades de vigilância, pedindo autorização para que divulgassem a quantidade e tipos de informações solicitadas pelo governo dos EUA. A medida foi uma tentativa das empresas de obter maior "transparência" do governo dos EUA em decorrência do vazamento do programa de espionagem Prism e depois de serem acusadas de fornecer dados confidenciais de usuários à NSA.
Bom com relação aos documentos e denúncias do ex-técnico Edward Snowden não tenho dúvida alguma da veracidade dos mesmos. Se não me falhe a memória FBI no ano de 1999 fazia uso de uma ferramenta chamada carnivore que possibilitava leitura de milhares de e-mails dos americanos. Então desta época para cá creio que não pararam e cada dia mais aperfeiçoando suas técnicas e ferramentas. Por um lado é bom pois podem detectar terroristas, pedofilos, contrabandistas etc.. Por outro lado nossos direitos, estão sendo 'estuprados' pois estão expondo nossas intimidades, e podendo até usar as mesmas informações contra nosso pais, lucrando cada vez mais em cima de nossos brasileiros e o resto do mundo.