A expansão do conceito de Cloud Computing, ou computação em nuvem, tem atingido negócios de todos os tamanhos e ramos de atividade. A ideia de poder contar com uma infraestrutura computacional sem os custos de aquisição e manutenção atrai não apenas as áreas de negócios dentro das empresas, que podem contar com recursos de TI conforme as suas necessidades, mas também os próprios CIOs e gestores de TI, que passam a se dedicar a atividades mais estratégias dentro da corporação.
Segundo a IDC, no Brasil há uma grande base instalada de aplicações que utilizam infraestrutura de TI própria das empresas e a solução de expansão ou modernização adotada tem sido a contratação de serviços de Data Center Virtuais, uma oferta que combina infraestrutura computacional, conectividade e virtualização, para dar desempenho às aplicações, sem que a corporação tenha que investir em infraestrutura de hardware, software e/ou armazenamento.
Os gastos das empresas brasileiras com infraestrutura terceirizada de TI (IaaS – Infrastructure as a Service) ou Data Center Virtual saltarão de US$ 301 milhões em 2014 para US$ 1,37 bilhão em 2018, um aumento de mais de 350%, segundo pesquisa do Gartner. Essa composição de serviços de TI e Telecom colocam as operadoras de telecomunicações em posição vantajosa, já que são detentoras das redes e serviços de conectividade de alcance nacional e podem oferecer soluções de ponta a ponta.
Um dos primeiros passos nesta direção foi dado pela Embratel, que estruturou um serviço composto por servidores virtuais de última geração e isolamento de rede cliente-a-cliente – um recurso antes disponível apenas em ambiente de hosting tradicional. "Trata-se de uma solução completa em um ambiente híbrido. Os clientes têm um ganho de economia devido à estrutura compartilhada com total segurança para as aplicações empresariais", explica Adriana Coutinho, diretora executiva da Embratel.
A Embratel também inovou ao trazer uma solução unificada que amplia a finalidade do IaaS (Infraestrutura como Serviço) e combina tecnologias de Cloud Computing, com a abrangência e a baixa latência de sua rede, além de estruturas que garantem proteção e isolamento de storage e de rede, garantidas por técnicas e abordagens inovadoras de SDS – software defined storage – e SDN – softwa¬re defined network.
O Data Center Virtual também pode ser conectado à Internet via backbone de altíssima velocidade, de maneira pública ou privada, por meio de rede privada virtual ou circuitos privados. "A administração do ambiente foi simplificada, pois a oferta permite que gestão seja feita pelo próprio cliente por meio do Portal de Cliente Embratel, onde o usuário tem inúmeras facilidades de fornecimento de recursos, contratação de novos produtos e upgrades", conta Adriana. Segundo ela, o cliente também pode optar por contratar o gerenciamento do seu sistema operacional e banco de dados pela Embratel.
A executiva esclarece que "o processo de migração para o serviço permite que dados importantes sejam preservados, garantindo o funcionamento completo mesmo de aplicações antigas, em ambiente virtual, que ainda oferece proteção de firewall virtual dedicado, entre outros recursos de segurança".
Diferente de uma oferta de Collocation, na qual a empresa se preocupa com o hardware e toda a gestão envolvida no serviço, a oferta de Data Center Virtual transfere esta tarefa do cliente para o provedor de serviços, que também se ocupa com a atualização tecnológica e com o monitoramento 24×7.
Pietro Delai, analista da IDC, explica que a oferta de Data Center Virtual pode servir na transição da infraestrutura convencional para o modelo de computação em nuvem, além de ser o porto seguro para aplicações de missão crítica, já virtualizadas, mas que não podem ser integrada à nuvem. "Há mercados e negócios, aqueles altamente regulamentados, por exemplo, em que este modelo é uma boa alternativa", afirma.
Outra área de grande aderência do Data Center Virtual é o fenômeno big data. "No contexto da 3ª. Plataforma de TI que define a nova TI e tem como componentes Mobilidade, Cloud, Big Data e Redes Sociais", diz Delai, "esta é a área que tem mais chance de agregar valor ao negócio e é algo cuja demanda deve surgir a qualquer momento".
Assim, o consultor alerta para a necessidade de a empresa estar tecnologicamente preparada para rapidamente atender a clientes ou às necessidades de negócio, o que remete ao Data Center Virtual. "Ter isso em um ambiente de Data Center Virtual é ter a chance da escalabilidade em uma janela de tempo muito pequena. Um Data Center físico cria um problema na hora em que precisa criar solução, porque não oferece flexibilidade. O Data Center Virtual não é uma cloud que cresce automaticamente, mas oferece a oportunidade de rapidamente se ter a expansão da infraestrutura", finaliza o analista.