Custo, inovação e agilidade são as principais razões apontadas por organizações globais para a adoção de serviços na nuvem, segundo pesquisa do Gartner conduzida em dez países — Alemanha, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, México e Reino Unido. O objetivo do estudo foi analisar como as empresas adotam e implantam soluções baseadas na computação em nuvem por meio do modelo de software como serviço (SaaS), infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS).
O relatório revela que as razões mais citadas para a adoção de SaaS foram para o desenvolvimento e testes em produção de aplicações de missão crítica. De acordo com a consultoria, isso representa uma mudança do comportamento verificado até então, quando os projetos de SaaS eram mais focados em projetos-piloto menores.
A redução de custos permanece como principal motivo para o investimento no modelo SaaS, para 44% dos entrevistados. No entanto, o Gartner aconselha que "usar nuvens públicas nem sempre é um modelo mais adequado para as empresas, visto que a decisão de implantar aplicações baseadas em SaaS dependem da criticidade da aplicação, agilidade de negócios, contexto de uso e arquitetura de TI".
De fato, o estudo indica uma preferência na adoção de modelos de nuvem privadas (46%), do que públicas (24%), ao longo dos próximos dois anos, devido às preocupações dos respondentes com segurança, privacidade e possível espionagem de órgãos de governo. Já o modelo on-premise (tradicional de venda de licenças) deve reduzir significativamente de 34% para 18% até 2017.
"Apesar de SaaS e IaaS serem bastante consolidados, PaaS ainda está em expansão, com ambos os provedores de SaaS e IaaS olhando para PaaS como uma extensão natural para o crescimento", ressaltou Fabrizio Biscotti, diretor de pesquisas do Gartner.