No mercado corporativo como um todo, a sustentabilidade tem ganhado força por uma razão: fornecedores e consumidores estão mais conscientes sobre o tema. Segundo uma pesquisa da Nielsen, 42% dos brasileiros estão mudando hábitos de consumo para reduzir seu impacto no meio ambiente. O levantamento apontou que 58% não compram produtos de empresas que realizam testes em animais e 65% não compram de empresas associadas ao trabalho escravo, por exemplo.
Em relação aos fornecedores, também está havendo mudanças. De acordo com a McKinsey, as cadeias de suprimentos das empresas de consumo normalmente respondem por mais de 80% de suas emissões totais de gases de efeito estufa e mais de 90% de seu impacto na terra, água, biodiversidade e nos recursos geológicos. Isso tem feito as companhias buscar parceiros comprometidos com a sustentabilidade e com uma jornada ESG consolidada.
Seguindo essa tendência de mercado, com as indústrias isso não é diferente. O segmento tem buscado alternativas que permitam diminuir os impactos no meio ambiente. O movimento tem alterado diretamente os serviços direcionados ao setor. Agora, além de entregar qualidade, eles precisam garantir a sustentabilidade e o bem-estar de toda uma cadeia de negócios.
Modernização dos ativos elétricos
Embora os sistemas elétricos muitas vezes não estejam no topo da lista quando o assunto é prioridade de modernização, esse é um passo fundamental para garantir a sustentabilidade. De acordo com um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a maior parte das ações sustentáveis no setor é em relação ao desperdício de água e energia (91%).
Nesse sentido, tem crescido a busca por serviços que entregam, além de uma análise assertiva, um monitoramento em tempo real sobre como a energia está sendo utilizada e o que pode ser melhorado. A partir disso, é possível diminuir desperdícios de recursos, custos e problemas – como a parada dos equipamentos.
Outro fator importante é que, diante de um parque industrial cada vez mais moderno, é possível implementar soluções capazes de gerir resíduos e de ser mais eficientes nos mais diversos aspectos, como a descarbonização.
Por isso, é imprescindível que os serviços passem a se moldar nessa direção. Precisam se tornar parte fundamental na modernização dos ativos e, como consequência, fortalecer um tema amplamente discutido: a sustentabilidade. Esse é um caminho inevitável para as empresas que querem se manter relevantes em um mercado cada vez mais responsável e competitivo.
Claudia Guimarães, diretora de Field Services da Schneider Electric Brasil.