Painel mostra a importância do Centro de Excelência para se ter padrões de qualidade

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Para as organizações que desejam incorporar RPA de maneira ampla, a resposta pode ser encontrada na implementação de um bem estruturado Center of Excellence (CoE) para que se tenha padrões de qualidade, elimine ruídos na comunicação e falhas em automação de processos. Ele garante a governança como peça chave na implantação de uma força de trabalho digital. Essa foi uma das conclusões do painel sobre Centro de Serviços Compartilhados- CSC na 5ª edição do RPA – Robotic Summit, promovido pela TI Inside nesta última segunda-feira, 29.

Para Max Carneiro, Diretor Vice-Presidente de Pesquisa de Mercado da Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC),  "a transformação ocorreu de forma tão abrupta no mundo hoje, e mudou nossa forma de operar, e mudou  até questões  das relações com o trabalho,  muitas vezes remoto e até forma de entrega de serviços.  Como atuariam equipes e estratégias de trabalho de forma distante, se não houvesse essa disrupção.  O Centro de Excelência , em seu conceito, é um meio inclusivo e inteligente de negócios", explicou o VP da ABSC.

Como esclareceu, o nível de maturidade do mercado permite que haja ainda meios de avançar, não só se tratando de RPA, mas também nas estruturas de backoffice, mas do RPA como fundamental para se ter uma estratégia.

"Por isso, falamos hoje que a automação abrange desde a TI até o backoffice. Avançando um pouco, o Centro de Excelência reflete todas as mudanças e o mindset de inclusão das pessoas, para implementar mudanças nos postos de trabalho.  O Centro de Serviços é um facilitador e um disseminador de cultura orientada para serviços  sendo  orientada a processos  e que deixou de ser operativo e funcional, passando ao conceito de Centro de Excelência  que ajuda o negócio a atender todas as áreas e tem uma abrangência horizontal com objetivos de atender a todos, alinhado aos objetivos e metas das organizações", disse o executivo.

"Hoje com certeza a área de CoE transcende a área de operações e está alinhada às áreas de negócio, permite às empresas enxergar como uma área de solução de problemas, gestão de conhecimento e boas práticas dentro da organização", reiterou.

Conforme Max Carneiro, para se ter longevidade no mercado as empresas precisam  ter previsibilidade e  a partir disso desenvolver uma estratégia digital  que é a chave para ter uma visão de inovação e mudança a longo prazo.

"Mais que um centro de  excelência, o CoE  pode ser um centro de inteligência e um local onde os gestores podem juntamente com as pessoas implementar uma estratégia de longo prazo para os negócios", argumentou.

Na experiência de Andréia Sanchez, Gerente Executiva de TI na TecBan, ao implementar um centro de excelência a primeira coisa que se evidencia é a solução e não os problemas. "Aqui se faz  uma mudança de mindset e o RPA é a ferramenta utilizada para isso. O problema é o coração daquilo que se tem que atacar, a solução é coadjuvante", propõe a executiva.

Conforme contou, na jornada da Tecban houve um primeiro ciclo puramente centrado em TI para acelerar projetos de alta complexidade via RPA.  Num segundo momento, já com a ferramenta houve um crescimento  junto com a infraestrutura de sustentação, com a introdução do  time de processos para entender o que o mercado estava desenhando enquanto RPA e partir para um desenho próprio.

"Já preparados para integrações e o aporte para a nuvem, fizemos o alicerce da parte de software em paralelo ao estudo de transformarmos para o CoE, fizemos então  a migração da plataforma dos robôs sob a gestão da TI e a partir disso, a  transformamos  de acordo com os processos e políticas estabelecidos", disse.

Para a executiva, ter um CoE organizado e poder  responder a organização ao que ela precisa,  demonstrar a importância dessa cultura na empresa, assim como comunicar e ouvir  o que se deseja com o RPA.

"Hoje o portfólio da empresa tem vazão para as várias áreas e são vários projetos. Os critérios de priorização e a sustentação dos robôs, bem como um parque crescente que  dimensiona e usa a infraestrutura  nos levou a uma  terceira onda,  na qual estamos colhendo os frutos da implantação do CoE e na qual a organização já vê os benefícios que o RPA traz", concluiu.

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