A ARM divulgou nesta quarta-feira, 1º, que está desenvolvendo um sistema operacional e um software para gerenciar dados que ele acredita que, segundo afabricante britânica de chips para dispositivos móveis, vai facilitar o caminho para as empresas criarem produtos que podem ser conectados à internet.
O anúncio ocorre uma semana depois de a empresa revelar um projeto de chip novo, mais poderoso para dispositivos conectados, uma tendência que os fabricantes de eletroeletrônicos e eletrodomésticos estão apostando e que deve impulsionar também o crescimento da ARM, já que a demanda por smartphones vem perdendo força. Hoje, ela lidera o mercado de dispositivos móveis, com seus chips equipando mais de 95% de todos os smartphones.
A companhia projeta a arquitetura básica dos chips e licencia sua tecnologia para fabricantes de chips da indústria de smartphones como a Qualcomm e outros, mas sua propriedade intelectual também é usada em aparelhos como DVD e cafeteiras.
A ARM aposta na tendência deconexão e comunicação entre objetos ou máquinas, delavadoras de louças, geladeiras a termostatos e dispositivos de monitoramento dos batimentos cardíacos, fenômeno conhecido como "internet das coisas" (IoT).
O sistema operacional, chamado OS mbed, é o primeiro da ARM e será fornecido com os chips projetados pela empresa que irão equipar muitos produtos comerciais. Como os sistemas operacionais para smartphones — como o iOS, da Apple, o Android, do Google, que funcionam como a interface entre o usuário e os dispositivos — o OS mbed vai controlar as funções básicas dos dispositivos de IoT.
O Gartner estima que o mercado de semicondutores para a internet das coisas deve movimentar entre US$ 10 bilhões e US$ 13 bilhões no ano que vem, cifra que subirá para US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões até 2020.