Nos últimos anos, a Black Friday se tornou a maior data de vendas para o comércio eletrônico nacional. Para a edição de 2017, a estimativa do idealizador do evento no Brasil, é que o faturamento tenha um crescimento de 19% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 2,2 bilhões.
A previsão é feita a partir do histórico das edições anteriores e com base no tráfego do portal. Em outubro, mês que antecede a Black Friday brasileira, o site registrou acessos 37% maior comparado ao mesmo período em 2016.
Na sua etapa estendida, que compreende o final de quinta-feira até domingo, as vendas devem ultrapassar a marca de R$ 2,7 bilhões, representando mais de 20% do total de vendas se comparado ao dia do evento.
O aumento nas compras deve ser puxado pela melhora do cenário de consumo das famílias, que começou em junho, quando o país registrou uma deflação de 0,30%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Com a queda nos preços de produtos que pesam no orçamento familiar dos brasileiros, como alimentos, o consumo de bens de maior valor agregado, como eletrodomésticos e eletroeletrônicos, volta a ser uma prioridade", diz Ricardo Bove, diretor da BlackFriday.com.br. "Na última edição, as categorias mais buscadas foram eletrodomésticos (22%), eletroeletrônicos (20%), viagens (14%), moda (14%), informática (9%), casa e decoração (5%)", complementa.
Em São Paulo, a expectativa de faturamento é de mais de R$ 800 milhões. O Estado continua disparado em número de acessos, com 35%. "Apesar de apresentar um bom resultado em tráfego, em 2016 diminuiu sua participação total em 2%, com o crescimento de outras regiões como o Nordeste (16%) e Centro Oeste (11%). O Ceará apresentou 29% no aumento dos acessos, o maior crescimento entre os Estados," explica Bove.
Ainda de acordo com o BlackFriday.com.br, os outros Estados com mais acesso foram: Rio de Janeiro (12%), Minas Gerais (11%), Paraná (6%), Rio Grande do Sul (5%), Santa Catarina (4%), Bahia (4%), Distrito Federal (3%) e Goiás (3%).
Na primeira edição, em 2011, o faturamento foi de R$ 105 milhões. Se a previsão para 2017 estiver correta, o crescimento ao longo dos últimos sete anos será vinte vezes maior.