Outsourcing de TI não dá match na nova economia

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A nova economia já mudou a dinâmica de abertura e crescimento das empresas, mudou o desenvolvimento de produtos e soluções para apoiar pessoas e negócios, mas alguns elementos antigos ainda emperram saltos importantes que precisamos dar.

Na área de tecnologia, historicamente, as empresas se habituaram a trabalhar parte do desenvolvimento de produtos e operações utilizando o formato outsourcing — a famosa terceirização.

Essa relação gerou um círculo vicioso. De um lado, a empresa se acomodou a pegar um problema difícil de resolver e repassar. Do outro, a consultoria, de acordo com seu próprio modelo de negócio, busca vender o maior número de horas possível. Uma maior quantidade de horas de trabalho não significa, necessariamente, que o problema será resolvido. E fica impossível medir o sucesso do cliente.

O modelo traz, ainda, uma terceirização do conhecimento. E não estou falando de qualquer conhecimento: muitas empresas entregam a terceiros todo o conhecimento sobre os sistemas que operam e também sobre os seus dados gerados, o que no mundo digital possui um valor inestimável. Quando fazem isso, os gestores correm o risco de não compreenderem os pontos em que precisam melhorar e não terem acesso a seus próprios dados para alavancar a inovação.

Construção de valor

Para quebrar esse círculo vicioso, as empresas devem elaborar um planejamento e se estruturarem para utilizar, por exemplo, ferramentas de automação que realizam os trabalhos manuais e também tecnologias modernas, como a cloud, liberando recursos e profissionais internos para trabalhar no que realmente importa: projetos que geram receita e inovação.

Ao concentrar sua equipe na gestão dos seus dados e nos serviços necessários para que sua empresa continue funcionando — o seu core —, você assume novamente o controle do seu negócio e ganha poder para inovar. Isso é fundamental.

O desenvolvimento e operação da plataforma de tecnologia é feito internamente na Digibee. A terceirização ocorre apenas com elementos que não estão ligados ao nosso diferencial de valor.

A partir desses elementos, começamos a construir um processo ágil, um modelo escalável e uma proposta de valor sólida. Que, no fim das contas, está relacionada ao sucesso do cliente.

 Navegando juntos

Para mim, o critério de sucesso é um só: resolver o problema do cliente de maneira definitiva.

Se você vende horas para o cliente, você não está vendendo um produto finalizado. Você está comercializando um projeto de produto, de valor e tempo indeterminados. Mas se você vende o resultado, aí você está vendendo o sucesso da operação.

A proposta de valor da empresa precisa incluir essa premissa. Não adianta ter um ótimo produto se não houver um método e um processo que envolvam diretamente o cliente – e é ele quem deve ser responsável por sua própria operação e dominar seus sistemas, descobrindo o que precisa ser melhorado. Afinal, é o cliente que vive o dia a dia e conhece seus verdadeiros obstáculos.

Por isso, contribuir para a autonomia do cliente tem mais valor do que tentar torná-lo dependente dos seus produtos ou serviços. Estou certo de que essa é a forma mais sustentável e eficiente de trabalhar, pois confere agilidade, performance e escala ao cliente. Como parceiros, embarcamos juntos e confiantes no êxito da jornada, cientes de que, ao remarmos todos na mesma direção, fica mais fácil chegar ao destino desejado.

Rodrigo Bernardinelli, CEO da Digibee.

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