Ciente de que as inovações tecnológicas sozinhas não garantem bom desempenho e posição de destaque no mercado, mas sim a excelência na gestão, que exige a melhoria contínua de todos os seus, o Serpro está revendo sua sistemática de gestão de custos e de controles internos a partir da construção de uma nova metodologia que visa dar a empresa mais agilidade, flexibilidade e transparência à gestão empresarial.
"O novo modelo de gestão não é apenas mais uma ferramenta de gestão financeira. Na verdade sua implantação implicará uma mudança de cultura interna e colocará a empresa no mesmo nível de organizações que estão na vanguarda das práticas de governança corporativa", explica o diretor do Serpro Antônio Sérgio Borba Cangiano, supervisor desse segmento da companhia.
Essas mudanças estão sendo concebidas a partir de dois grandes projetos: conformidade e controles internos e formulação e implantação do novo modelo de gestão de custos. Para definir o novo processo de conformidade e controle interno e o modelo de gestão de custos a empresa estabeleceu uma trajetória de ação que considerou de um lado o cenário e as tendências mundiais de governança corporativa e de outro as necessidades do Serpro de revisar seus processos financeiros internos.
O novo enfoque da gestão financeira que está sendo projetada inspirou-se, do ponto de vista externo, na lei americana Sarbenes-Oxley, que estabelece regras para orientar empresas de capital aberto e também empresas estrangeiras que mantém negócios com os EUA. A idéia não é adotar a lei pura e simplesmente, mas extrair dela as melhores práticas, aqueles aspectos que se adaptam à realidade de uma empresa com as características jurídicas do Serpro. Além disso, como ressalta Paulo Roberto de Oliveira, responsável pelo projeto conformidade de controles internos, "engana-se quem acredita que a empresa não precisa estar na vanguarda também em relação à gestão dos seus custos e no aprimoramento de seus controles internos." ?Afinal, ainda que metaforicamente, o Serpro tem toda a sociedade brasileira como acionista."
Um outro aspecto bastante interessante que está sendo tratado nessa proposta de mudança, diz respeito à gestão de riscos. Com o novo modelo a empresa estará mais bem preparada para enfrentar riscos de mercado. "Uma empresa como o Serpro está exposta a vários tipos de riscos, como qualquer outra organização", afirma Ana Costi, superintendente de gestão financeira da companhia. ?Riscos são situações que nem sempre podem ser eliminadas e com as quais a empresa tem que conviver."
O novo conceito de gestão financeira visa permitir a identificação do custo de cada item que compõe os serviços oferecidos pelo Serpro, melhorando o desempenho e a competitividade da empresa na busca de novos mercados, enquanto o aprimoramento das estruturas de controles internos vai contribuir para colocá-la de acordo com padrões de governança corporativa mundialmente aceitos.