A IBM e o Goldman Sachs Group são os mais novos investidores na Digital Asset Holdings, startup liderada pelo ex-banqueiro Blythe Masters, do JP Morgan Chase & Co., que desenvolveu uma solução para adaptar a tecnologia blockchain — algoritmo que permite que moedas digitais (bitcoins) sejam negociadas sem um órgão centralizador, como a CVM, ou uma plataforma para normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos participantes — aos mercados financeiros.
A startup já havia levantado US$ 52 milhões com empresas como a JP Morgan, Accenture, Depository Trust & Clearing Corp. e o Citigroup. No mês passado, a Digital Asset ganhou um contrato da ASX, outra investidora, para acelerar o desenvolvimento de um sistema de liquidação de títulos para o mercado acionário da Austrália.
Com a nova rodada de investimentos do Goldman e da IBM, a Digital Asset acumula um aporte total de US$ 60 milhões, de acordo com um comunicado divulgado nesta terça-feira, 2, pela empresa. Em janeiro, quando obteve o primeiro financiamento, a empresa passou a ter um valor de mercado de US$ 100 milhões, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Bloomberg.
A Digital Asset está entre as cerca de uma dúzia de startups que estão competindo para provar que a tecnologia blockchain pode ser usada de forma eficaz nos mercados financeiros. O desafio é que enquanto que os mercados de capitais hoje contam com uma autoridade central para supervisionar a transferência de dinheiro em ações, a tecnologia interligar todos os participantes do processo sobre uma mesma base de dados para permitir a movimentação dos ativos em tempo real.
A IBM e Digital Asset fazem parte do grupo de empresas financeiras e de tecnologia que defendem o desenvolvimento de software de código aberto. O grupo, que está trabalhando com a Fundação Linux, que quer criar uma rede pública de aplicativos baseados na tecnologia blockchain que podem ser usados para se comunicar uns com os outros.