DOinet investe em ferramenta com meta de se tornar o 'Google' dos diários oficiais

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A DOinet, empresa brasileira de acervo e buscas em documentos oficiais, investiu R$ 2 milhões nos últimos quatro  anos para desenvolver um mecanismo de buscas, que deve entrar em operação nos próximos 30 dias. A ferramenta é voltada principalmente a empresas e órgãos governamentais que necessitam pesquisar publicações nos diários oficiais do poder Executivo, Legislativo e Judiciário, contratos, legislações, portarias, resoluções, editais, leilões, pregões, registros de preços, processos, entre várias outras informações.

“Investimos na compra de hardware ultrarrápido e no aperfeiçoamento do nosso software e sistema de buscas”, diz Pietro Rímoli, diretor de tecnologia da DOinet. O executivo explica que o modelo de negócio é baseado em assinaturas, com preço a partir de R$ 637,20, ou na compra de cotas em que o acesso a cada informação é descontado do total. A ferramenta é voltada principalmente a empresas e órgãos governamentais que necessitam pesquisar licitações, precificação de produtos e serviços, entre outras informações.

Para suportar toda a operação, a DOinet possui um data center e equipe de desenvolvimento próprios. Rímoli afirma que o custo de algumas operações internas é aproximadamente três vezes menor que os serviços oferecidos no mercado por empresas de TI. “Além disso, a velocidade com a qual as edições chegam à rede, cerca de uma hora após a publicação, não favorece a terceirização do serviço.”

O desenvolvimento do novo sistema, de acordo com Rímoli, é parte de um plano ambicioso da companhia. A meta com a nova ferramenta, segundo ele, é expandir os negócios em 30% neste ano. O executivo informa que a DOinet registrou faturamento de R$ 2 milhões no ano passado, um crescimento entre 15% e 20% na comparação com 2010. “Com o novo sistema, haverá uma melhora substancial na velocidade das buscas. O usuário poderá pesquisar por CNPJ ou CPF, por exemplo, sem pontuação correta ou até mesmo com erros em pontos e traços, resultado que o próprio Google não consegue entregar”, afirma Rímoli, acrescentando que essa é a posta para conquistar novos contratos.

O principal desafio, com o novo sistema, segundo o executivo, será  incorporar o acervo das 5 mil prefeituras brasileiras às bases de dados. “Hoje possuímos cerca de 300 prefeituras catalogadas, o que ainda é muito pouco”, admite Rímoli. Para suprir as lacunas ou ter acesso a documentos aos quais a prefeitura coloca empecilho, ele diz contar com o fornecimento alternativo de informações, por meio de secretarias municipais. “É um dever do governo ser transparente, nosso trabalho é oferecer mais um veículo de acesso aos dados oficiais”, finaliza.

Fundada em 1988 como distribuidora de Diários Oficiais impresso, a empresa lançou em 1994 o serviço na versão digitalizada em DVD e, quatro anos depois, o portal na internet. A partir daí, a DOinet abandonou a distribuição em papel e passou a indexar diariamente todas as publicações estaduais e federais do Brasil. De acordo com a companhia, em média são digitalizados e catalogados 2 milhões de publicações por mês, que podem ser acessadas por meio das buscas do site.

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