As ações da HP operaram em forte queda na tarde desta terça-feira, 2, em razão da avaliação negativa feita pelo banco de investimento Goldman Sachs. Por volta das 15h50 (horário de Brasília), os papéis da companhia eram negociados a US$ 21,99 na bolsa eletrônica Nasdaq. No decorrer do pregão as ações se recuperaram um pouco e encerram o dia cotadas a US$ 22,1, mesmo assim uma queda de 5,19% em relação ao preço de abertura.
Conforme o site MarketWatch, ligado ao The Wall Street Journal, o analista Bill Shope definiu que o "sentimento [em torno dos negócios da empresa] está à frente da realidade", referindo-se as tentativas de reestruturação lideradas pela CEO, Meg Withman. Na visão do especialista, apesar do trabalho interno, os negócios serão impactados neste ano fiscal pelo "enfraquecimento dos mercados de PCs, hardware corporativo, de serviços e impressão". "Ao mesmo tempo em que reconhecemos o valor da HP na avaliação da empresa, acreditamos que as ações possuem espaço para desvalorização maior na medida em que o poder de lucro está sob forte pressão", detalha Shope. Ele manteve o valor de US$ 6 como expectativa de preço para os papéis da empresa.
Como tentativa para retomar a lucratividade e melhor as margens, a HP vem passando por profundas mudanças em sua estrutura interna. Em outubro do ano passado, foi confirmada a demissão de 29 mil funcionários em todo o mundo. Além disso, ela vem tentando se posicionar como provedora de serviços de TI de ponta a ponta. A fabricante foi abalada por um rombo de US$ 8 bilhões ao fim do último ano fiscal, em 31 de outubro, decorrente da compra da Autonomy. Assim, as perdas somaram US$ 13 bilhões e agravaram ainda mais a situação já delicada da companhia.