A Business Objects, fornecedora de soluções de business intelligence, fechou dois grandes contratos na área pública: um com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o outro com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Os dois projetos somam cerca de R$ 3,5 milhões, incluindo venda de software e serviços de treinamento e consultoria ? e já começaram a ser implementados. Em 2005, o segmento de governo representou mais de 30% do volume de negócios da Business Objects no Brasil.
Na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a tecnologia de business intelligence será utilizada para analisar informações de negócios no competitivo mercado do qual a agência é reguladora. Já o projeto da Sabesp prevê a utilização de indicadores de desempenho por unidades de negócios, a integração e distribuição das informações em ambiente web e a utilização de relatórios corporativos.
Para Fernando Corbi, diretor geral da Business Objects, fatores como a necessidade de agilidade e transparência, em conjunto com a pressão da sociedade sobre a administração pública, vêm impulsionando as várias esferas de governo ? federal, estaduais e municipais ? para resultados significativos em projetos de âmbitos variados. ?Os sistemas de business intelligence foram concebidos para promover uma gestão inteligente dos negócios e sua presença já está consolidada no setor privado. Mas agora avança também no setor público, que busca a agilidade do modelo empresarial?, destaca.
O executivo ressalta como benefícios da tecnologia de BI para o setor público os projetos para controlar orçamentos, reduzir os custos operacionais, implementar serviços via internet, segmentar mercados na prestação de serviços, e alinhar o capital humano disponível de acordo com as necessidades das tarefas e dos órgãos.
Um dos mais importantes projetos da Business Objects no setor público foi implementado pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, que implantou um amplo projeto de cruzamento de dados para o combate à evasão fiscal. Em um dos testes iniciais da Sefaz-SP, cruzando os dados de apenas 70 empresas, apurou-se uma inconsistência de R$ 300 milhões. Somente por meio dessa análise, foram arrecadados cerca de R$ 17 milhões. Antes do projeto, um relatório chegava a demorar cerca de 30 dias para ser concluído e, hoje, o relatório é executado em segundos e distribuído via web para todo o estado.
Outro exemplo de agilidade e transparência no setor vem sendo dado pela Secretaria Especial de Informática do Senado Federal (Prodasen), ao implantar um projeto de gestão da execução do orçamento nacional, que já está sendo estendido à consulta aberta, o que permite ao cidadão acompanhar a utilização das verbas públicas pela internet.